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Ritmo afasta líderes das reuniões
DA REPORTAGEM LOCAL
Para quem participou das reuniões do Orçamento Participativo
(OP), o perfil dos debatedores
mudou porque saíram de cena
muitos líderes comunitários e entraram pessoas comuns, sem cargo relevante em associações.
O movimento, todos concordam, tem prós e contas. Por um
lado, mostra a frustração das lideranças com o ritmo das obras. Por
outro, evidencia a vontade de parte da população de baixa renda.
"O primeiro ano foi mais fraquinho, mas depois da creche,
melhorou", diz Marcionila Aparecida dos Santos, 48, aposentada
e conselheira do OP na Casa Verde (zona norte). Ela se refere à creche Cohab Vila Nova Cachoeirinha, uma das prioridades fixadas
pela população da região em 2001
e concluída em maio de 2002.
Depois da obra, diz a aposentada, "os encontros deixaram de ser
só com as lideranças e passaram a
ser com os pobres, a população
mesmo". A julgar pelos números
(veja quadro), ela tem razão.
Se na Casa Verde a obra da creche teve um efeito agregador, na
Vila Mariana (zona sul) a falta de
construções gerou desânimo.
A dona-de-casa Beatriz Baldan,
57, da Sociedade Amigos de Mirandópolis e conselheira do OP
em 2001, diz que os moradores
pediram a construção de uma
creche na avenida José Maria
Whitaker, mas a obra não saiu do
papel por problemas no terreno.
"A prefeitura deveria fazer um
acompanhamento técnico das
votações." (SC e DR)
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