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São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 2003

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Ritmo afasta líderes das reuniões

DA REPORTAGEM LOCAL

Para quem participou das reuniões do Orçamento Participativo (OP), o perfil dos debatedores mudou porque saíram de cena muitos líderes comunitários e entraram pessoas comuns, sem cargo relevante em associações.
O movimento, todos concordam, tem prós e contas. Por um lado, mostra a frustração das lideranças com o ritmo das obras. Por outro, evidencia a vontade de parte da população de baixa renda.
"O primeiro ano foi mais fraquinho, mas depois da creche, melhorou", diz Marcionila Aparecida dos Santos, 48, aposentada e conselheira do OP na Casa Verde (zona norte). Ela se refere à creche Cohab Vila Nova Cachoeirinha, uma das prioridades fixadas pela população da região em 2001 e concluída em maio de 2002.
Depois da obra, diz a aposentada, "os encontros deixaram de ser só com as lideranças e passaram a ser com os pobres, a população mesmo". A julgar pelos números (veja quadro), ela tem razão.
Se na Casa Verde a obra da creche teve um efeito agregador, na Vila Mariana (zona sul) a falta de construções gerou desânimo.
A dona-de-casa Beatriz Baldan, 57, da Sociedade Amigos de Mirandópolis e conselheira do OP em 2001, diz que os moradores pediram a construção de uma creche na avenida José Maria Whitaker, mas a obra não saiu do papel por problemas no terreno. "A prefeitura deveria fazer um acompanhamento técnico das votações." (SC e DR)

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