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Há 3 semanas na aldeia, índio evita falar
LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Belém
O líder indígena Paulo Paiakan e
sua mulher, Irekran Kaiapó, que
tiveram seus mandados de prisão
suspensos pelo Supremo Tribunal
Federal, estão há cerca de três semanas na aldeia A-Ukre.
Segundo o assessor da presidência da Funai, Arggeu Breda, que está em Belém acompanhando o caso, Paiakan tem evitado a imprensa por sugestão do órgão.
Tânia, uma das filhas do casal,
disse à Agência Folha que seu pai
deve voltar para Redenção (PA),
onde vive, no início de fevereiro.
O administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Tapieti
Kaiapó, disse que Paiakan está na
aldeia ajudando a extração de óleo
de castanha do Pará.
Em maio de 92, Paiakan foi acusado de estupro pela estudante Sílvia Letícia Ferreira. O incidente teria acontecido na volta de um
churrasco no carro onde estariam
Sílvia, Irekran e Paiakan.
No depoimento que deu à polícia, Paiakan negou o estupro e acusou sua mulher de ter molestado
Sílvia. Ela teria dito a Paiakan:
"Agora, é isso que eu quero, porque eu sei que ela tá a fim de você e
eu quero que você transe com ela".
Irekran teria tirado a roupa da
estudante, colocado o dedo na vagina de Sílvia e a arranhado, segundo o depoimento de Paulinho.
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