São Paulo, quarta, 27 de janeiro de 1999

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Há 3 semanas na aldeia, índio evita falar

LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Belém

O líder indígena Paulo Paiakan e sua mulher, Irekran Kaiapó, que tiveram seus mandados de prisão suspensos pelo Supremo Tribunal Federal, estão há cerca de três semanas na aldeia A-Ukre.
Segundo o assessor da presidência da Funai, Arggeu Breda, que está em Belém acompanhando o caso, Paiakan tem evitado a imprensa por sugestão do órgão.
Tânia, uma das filhas do casal, disse à Agência Folha que seu pai deve voltar para Redenção (PA), onde vive, no início de fevereiro.
O administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Tapieti Kaiapó, disse que Paiakan está na aldeia ajudando a extração de óleo de castanha do Pará.
Em maio de 92, Paiakan foi acusado de estupro pela estudante Sílvia Letícia Ferreira. O incidente teria acontecido na volta de um churrasco no carro onde estariam Sílvia, Irekran e Paiakan.
No depoimento que deu à polícia, Paiakan negou o estupro e acusou sua mulher de ter molestado Sílvia. Ela teria dito a Paiakan: "Agora, é isso que eu quero, porque eu sei que ela tá a fim de você e eu quero que você transe com ela".
Irekran teria tirado a roupa da estudante, colocado o dedo na vagina de Sílvia e a arranhado, segundo o depoimento de Paulinho.



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