São Paulo, terça-feira, 27 de fevereiro de 2001

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RIO

Império Serrano e Caprichosos tiveram problemas com seus carros alegóricos

Viradouro leva os 7 pecados capitais para o sambódromo

Marlene Bergamo/Folha Imagem
Integrante da escola de samba Caprichosos de Pilares, que iniciou o seu desfile no Grupo Especial com dez minutos de atraso


DA SUCURSAL DO RIO E

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Com as duas primeiras escolas enfrentando problemas, a Unidos do Viradouro começou o seu desfile no segundo dia do Grupo Especial do Rio de Janeiro prometendo levar para a avenida empolgação e muito pecado, encarnado principalmente pela rainha da bateria, Luma de Oliveira.
A escola levou para o sambódromo os sete pecados capitais: luxúria, preguiça, ira, inveja, gula, soberba e cobiça. Luma entrou na avenida fantasiada de luxúria, pecado que ela própria definiu como o seu favorito. Sua minifantasia era toda vermelha.
A novidade ficou por conta do marido da ex-modelo, o empresário Eike Batista que, pela primeira vez, resolveu acompanhar a mulher no desfile. Ele estava com o uniforme da diretoria da escola. ""Vim aqui porque pode ser a última vez que ela vai sair na avenida", disse o empresário, tentando "aposentar" a mulher.
Apesar do discurso do marido, Luma, 36 anos de idade e 14 de passarela, negou que esteja se despedindo do Carnaval do Rio. ""Vai ser ótima a presença dele, mas não me sentirei constrangida", afirmou Luma. Recentemente, ela havia dito que o sambódromo não era lugar para marido.
Primeira escola a desfilar, a Império Serrano levantou as arquibancadas com um samba-enredo forte, mas seus carros alegóricos apresentaram problemas.
Com um enredo sobre os portos do Rio, ela tentou recuperar seu lugar no principal grupo do Carnaval carioca. No desfile de ontem, o samba "pegou".
O refrão "Avisa aos navegantes que o Império vem aí, olha, o bicho vai pegar, a poeira vai subir, é arte, é cultura, é talento original, hoje tem festa no planeta Carnaval" animou o sambódromo.
O terceiro carro alegórico, no entanto, chamado "Império Serrano", ficou desfalcado logo no início. O boneco gigante que carregava a bandeira da escola caiu ao bater em um viaduto no caminho para a concentração. No início da apresentação, sambistas corriam para arrumar a alegoria.
O penúltimo carro decepcionou mais. Em um formato de container, era o principal trunfo da escola. Ele deveria se abrir na avenida e inflar uma série de balões, o que não ocorreu, deixando os foliões sem entender o que uma caixa fazia no meio da pista.
A comissão de frente, formada por 15 alunos da Escola Nacional de Circo, vieram como gaivotas estilizadas, fazendo malabarismos na avenida.

Caprichosos
Já a Caprichosos de Pilares teve problemas para colocar o começo e o final da escola na avenida. O último carro ("O Esoterismo Goiano") entrou atrasado.
Ele bateu em uma árvore antes de chegar à concentração e, durante o desfile, perdeu o rumo chegando a ziguezaguear. Ao chegar à dispersão, o carro parou, abrindo um branco entre as alas.
A Caprichosos teve como destaque o seu carro abre-alas, que trazia duas serpentes soltando fumaça pela boca. O samba-enredo trata de uma paixão entre um rapaz da escola e uma moça de Goiás, Estado que o jovem passa a conhecer em busca desse amor.




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