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CNBB pleiteia participação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CNBB (Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil) reivindica a
ampliação da comissão que irá estudar a descriminalização do
aborto para poder participar do
debate. "Essa comissão precisa ter
mais representatividade", disse
dom Geraldo Majella Agnelo, presidente da entidade. A comissão
tem 18 membros, sendo seis da
sociedade civil.
Para ele, a participação da
CNBB seria "oportuna" em uma
comissão mais ampla. A entidade
não aceita o argumento de que o
Estado é laico e por isso entidades
religiosas estariam excluídas da
comissão. Sobre a retirada da punição para as mulheres que praticam aborto, a CNBB avalia que a
despenalização não vai melhorar
a situação. O governo estima que
sejam feitos por ano 1 milhão de
abortos clandestinos no Brasil.
Na semana passada, a entidade
reclamou com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva por ter sido
deixada de fora da comissão do
governo. "A Igreja reconhece e
respeita a laicidade do Estado. Esta, porém, não pode impedir que
qualquer cidadão, cidadã ou grupos manifestem as suas convicções e as proponham como diretrizes ou leis", diz a nota entregue
ao presidente.
"Queremos que as pessoas que
tentaram o aborto sejam bem tratadas, mas não queremos que se
busque a legalização disso", disse
dom Geraldo Majella, presidente
da CNBB.
(LEILA SUWWAN)
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