São Paulo, Sábado, 27 de Fevereiro de 1999
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Anticoncepcional falso era para teste

da Reportagem Local

A Schering do Brasil produziu cerca de duas toneladas de pílulas de farinha de janeiro a abril do ano passado, para serem usadas em teste de nova máquina de embalagem importada.
Parte das cartelas com o remédio ineficaz chegou às farmácias, principalmente da região de Mauá (Grande São Paulo).
A empresa afirma que todo o material usado para teste foi incinerado e alega ter sido vítima de roubo, o que teria provocado o derrame ilegal do remédio ineficaz no mercado.
Inicialmente, a Schering afirmou que daria indenização e atendimento médico às mulheres que comprovassem que foram vítimas do placebo, por meio da apresentação das cartelas da Microvlar usadas no teste, que possuíam números de lote especiais.
Porém a maior parte das mulheres que afirmou ser vítima da Microvlar ineficaz diz ter jogado fora a cartela após a ingestão dos comprimidos. Mesmo aquelas que tinham a cartela recorreram à Justiça por conta da lentidão da empresa em definir indenização e liberar verba para gasto médico.
A Schering foi obrigada por meio de decisão judicial a bancar o pré-natal e atendimento médico da mãe e do bebê até a criança completar um ano de idade.
O diretor-presidente e o diretor industrial do laboratório Schering do Brasil, Rainer Bitzer e Valter Frederico Schenck, estão respondendo criminalmente pelo derrame das pílulas falsas no mercado.


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