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Anticoncepcional falso era para teste
da Reportagem Local
A Schering do Brasil produziu
cerca de duas toneladas de pílulas
de farinha de janeiro a abril do ano
passado, para serem usadas em
teste de nova máquina de embalagem importada.
Parte das cartelas com o remédio
ineficaz chegou às farmácias, principalmente da região de Mauá
(Grande São Paulo).
A empresa afirma que todo o
material usado para teste foi incinerado e alega ter sido vítima de
roubo, o que teria provocado o
derrame ilegal do remédio ineficaz
no mercado.
Inicialmente, a Schering afirmou
que daria indenização e atendimento médico às mulheres que
comprovassem que foram vítimas
do placebo, por meio da apresentação das cartelas da Microvlar
usadas no teste, que possuíam números de lote especiais.
Porém a maior parte das mulheres que afirmou ser vítima da Microvlar ineficaz diz ter jogado fora
a cartela após a ingestão dos comprimidos. Mesmo aquelas que tinham a cartela recorreram à Justiça por conta da lentidão da empresa em definir indenização e liberar
verba para gasto médico.
A Schering foi obrigada por meio
de decisão judicial a bancar o pré-natal e atendimento médico da
mãe e do bebê até a criança completar um ano de idade.
O diretor-presidente e o diretor
industrial do laboratório Schering
do Brasil, Rainer Bitzer e Valter
Frederico Schenck, estão respondendo criminalmente pelo derrame das pílulas falsas no mercado.
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