DA REPORTAGEM LOCAL

A cidade de São Paulo começa a oferecer, a partir de segunda-feira, um tipo de táxi executivo, com tarifa de R$ 3,00, que tentará conquistar usuários de automóvel. O serviço será iniciado de forma improvisada, em caráter experimental, e com a insatisfação dos próprios operadores do sistema.
A regulamentação do novo transporte só deve ser definida oficialmente na semana que vem, mas a intenção da prefeitura é que, dentro de 90 dias, ele seja feito apenas por vans de luxo, equipadas com ar-condicionado e poltronas de veículos de turismo.
Mais do que uma estratégia de transporte, a prefeitura quer implantar o novo modelo para tentar acabar com os 250 táxi-lotação que atuam há mais de 40 anos.
Esses motoristas têm permissão para operar em 13 linhas, com tarifas variadas, mas, na prática, adotam os mesmos preços dos ônibus e lotações -R$ 1,40. Hoje, a maioria tem modelo Kombi.
"Eles descumprem as tarifas estabelecidas e concorrem com as linhas convencionais. Agora, vamos oferecer duas alternativas: eles têm que aderir ao táxi executivo ou ao comum", diz Walter Kufel, diretor do DTP (Departamento de Transportes Públicos).
A maioria dos táxi-lotação reclama da mudança. Ontem, cerca de 30 protestaram em frente à prefeitura. Temendo não conseguir passageiros, reivindicam uma tarifa menor -até R$ 1,60- e questionam a obrigação de ter veículos melhores em 90 dias.
Os motoristas que têm a permissão de táxi-lotação poderão se cadastrar e colocar adesivos provisórios de táxi executivo a partir de segunda. Mas a oferta do serviço, inicialmente, dependerá da adesão dos operadores. Eles já poderão cobrar R$ 3,00, mesmo que não tenham ar-condicionado e poltronas especiais.