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SISTEMA PRISIONAL
Carcereiro é afastado porque teria dormido
Detento acusado de atentado é morto dentro de cela em Ribeirão
MARCOS SERGIO SILVA
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O preso João Paulo Alves Silva,
o Joãozinho, 21, foi morto ontem
de madrugada na cela 3 do anexo
do 1º DP de Ribeirão Preto (314
km de SP) de forma misteriosa: a
cela não foi arrombada, o carcereiro estaria dormindo na hora do
crime, o cadeado foi trocado e o
portão dos fundos não tinha tranca. A polícia achou o corpo às 7h,
cinco ou seis horas após o crime.
Um carcereiro foi afastado. Na
cela, foi escrito com sangue
"1533", o que significa PCC (Primeiro Comando da Capital) pela
ordem das letras no alfabeto.
Suspeito de participar do atentado à casa do delegado Paulo Pereira de Paula, da DIG (Delegacia
de Investigações Gerais), João
Paulo foi detido na última quarta.
Há a suspeita de ligação entre a
morte e a delação de Reginaldo
Camperolli Júnior, 21, e Asdrubal
Pereira Marques, 27, suspeitos do
atentado presos anteontem. O advogado Joanin Del Santi, 43, que
teria sido pressionado por não defender João Paulo, foi morto com
cerca de 30 tiros na quarta.
Mesmo com reforço policial
após ameaças anônimas, nem os
policiais convocados nem os quatro do plantão ouviram o crime.
A polícia diz que o carcereiro
Antônio Carlos Martins dormia
na hora da morte e que os assassinos teriam entrado pelos fundos.
Segundo o boletim de ocorrência,
o cadeado da cela 3 foi trocado pelo do portão 4, de acesso aos fundos. No boletim, Martins admite
que o portão estava sem cadeado.
João Paulo recebeu três golpes
no pescoço e um nas costas de facão, podão ou machadinha. Martins e o delegado da DIG não quiseram comentar o assunto.
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