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Vetadas pela USP, corridas de rua "migram" para o Jóquei e o sambódromo
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a USP restringir o uso
da Cidade Universitária para
corridas de rua, ao menos três
provas já encontraram novos
locais: duas serão no sambódromo e uma no Jóquei.
A primeira delas, a Fila
Night Run, em 8 de maio, utilizará o sambódromo e as vias
Olavo Fontoura e Santos
Dummont. A corrida terá o
mesmo formato em 27 de novembro (ambas noturnas).
A outra é a Mizuno 10 Milhas, em 25 de julho, que usará
o Jóquei e o entorno. A estimativa de corredores em cada
uma está entre 8 mil e 10 mil.
Os organizadores afirmam
que já negociaram com a CET
(Companhia de Engenharia
de Tráfego) medidas para diminuir o impacto dos eventos
no trânsito. A companhia não
retornou à reportagem até o
fechamento desta edição.
Parte das provas saiu neste
ano da Cidade Universitária
depois que a USP decidiu restringir em nove o número de
corridas em seu campus (foram 25 no ano anterior).
A instituição entende que
os eventos causavam transtornos, ainda que aos finais de
semana, como acúmulo de lixo e fluxo de pessoas, que
atrapalham suas atividades
(laboratórios e museus).
"É uma pena, porque temos
cada vez menos opções", diz o
presidente da Associação dos
Treinadores de Corrida de SP,
Nelson Evêncio. "Se os percursos começam a se repetir,
o pessoal se desestimula."
Tanto o sambódromo quanto o Jóquei já foram usados
para provas, ainda que os trajetos no entorno sejam diferentes. No primeiro caso a novidade é fazer corrida noturna.
"A prefeitura quer testar a
opção, para que ela seja mais
utilizada", afirmou Tomas
Dreyfuss, diretor da Vetor,
promotora das provas.
A vantagem do sambódromo, diz, é a possibilidade de as
pessoas usarem o metrô e os
estacionamentos da região.
As desvantagens são o ineditismo da prova, "que pode
trazer algum imprevisto", e a
falta de um visual agradável.
"No jóquei, o trajeto é bonito,
com muitas árvores. No sambódromo, usaremos a estrutura dali para colocar escola
de samba e DJs", disse.
A mudança das provas para
outros pontos é positivo para a
capital, diz Cristina Guarnieri,
da coordenadoria do campus
da USP. "A cidade se envolve
mais. E não pode haver sobrecarga numa instituição que
não é voltada para isso."
Ainda não foram implementadas as demais restrições
anunciadas para o campus
(carteirinhas para ciclistas, cobrança de equipes de corridas
e limitação da área autorizada
para prática de esportes).
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