São Paulo, segunda, 27 de abril de 1998

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Saúde tem mais pesquisadores

da Reportagem Local

A área da saúde é a que mais concentra pesquisadores e, consequentemente, recursos em São Paulo. O setor conta com 26% do pessoal que trabalha nas instituições de ensino e pesquisa no Estado e recebe 35% dos recursos -US$ 311 mil em 95.
"A saúde é um setor que concentra recursos no mundo todo", diz Landi, da Fapesp.
O que ocorre no setor da saúde em São Paulo, se repete no país. Segundo o CNPq, é o setor que mais tem grupos de estudos -cerca de 1.600, em 96. O estudo também traça um perfil do pesquisador paulista. Ele tem de 35 a 45 anos, é do sexo masculino e trabalha na universidade pública.
Do total de pesquisadores no Estado em 95 (14.820), 66% (9.861) estavam ligados a uma universidade estadual. Nas universidades federais no Estado (em São Carlos e na capital), existem 1.251 docentes e pesquisadores. Esse dado reforça uma das principais características do modelo de produção científica brasileiro, que é feita sobretudo dentro das universidades públicas.
A ligação com a universidade torna compreensível a divisão do tempo dos pesquisadores -66% é gasto com docência e pesquisa. O restante é dividido entre orientação de alunos, atividades administrativas etc. A pesquisa revela um bom nível de qualificação dos profissionais: 51% têm doutorado. Isso pode ser entendido como consequência da qualidade da pós-graduação do Estado, cujos programas têm avaliação melhor que a média nacional. (MA)



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