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Sergipe perde 60%
da safra de laranja
da Agência Folha
A seca pode causar a perda de até
60% da produção de laranjas em
Sergipe -segundo maior produtor nacional da fruta, atrás somente de São Paulo. A informação é do
presidente da Associação dos Citricultores do Estado de Sergipe
(Ascise), Manoelito Café Jr.
Segundo Café Jr., a atividade,
que, antes da crise, empregava 100
mil pessoas em todo o Estado, deve ter um prejuízo de aproximadamente R$ 38 milhões somente no
setor de produção. De acordo com
o Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Sergipe, o desemprego
nessa área já chega a 70%.
A região produtora de frutas cítricas do Estado, composta por 14
municípios que já decretaram estado de emergência por causa da
estiagem, não produz laranjas desde dezembro do ano passado.
A Ascise deve enviar na próxima
segunda-feira à Secretaria Estadual de Agricultura um pacote de
reivindicações. "A região precisa,
em caráter emergencial, de poços
artesianos. Esta é a principal medida que esperamos do governo
no momento", disse Café Jr.
A associação reivindica ainda, a
longo prazo, investimentos do governo federal para diversificar a
fruticultura na região, baseada na
monocultura da laranja.
Piauí
O governador do Piauí, Francisco de Assis Moraes Souza
(PMDB), o Mão Santa, disse que é
"tradição" o governo federal
combater os efeitos da seca, e que
a União é a culpada por não repassar recursos e não tomar medidas
emergenciais.
"A Sudene (Superintendência
do Desenvolvimento do Nordeste)
sempre foi quem cuidou da seca,
mas agora ela está débil", disse.
A principal ação do governo do
Estado foi encaminhar um plano
emergencial ao governo federal,
que está distribuindo cerca de 176
mil cestas de alimentos por mês.
Dados desse plano mostram que
a seca já atinge 148 municípios no
Piauí, sendo que 67 deles decretaram estado de emergência -números da Sudene indicam 178 cidades atingidas.
Na agricultura, as perdas já estão
acima de 85% da produção em
municípios da região do semi-árido (centro-sul) do Estado.
Alagoas
O governo de Alagoas não tem
recursos para ajudar as vítimas da
seca no Estado e conta com o auxílio do governo federal, por meio
da Sudene (Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste),
segundo o governador do Estado,
Manoel Gomes de Barros (PTB).
"Aguardamos uma resposta do
governo federal, pois a situação é
grave", afirmou. Alagoas tem, segundo ele, um plano de medidas
emergenciais que visa atender a alguns dos municípios mais castigados pela seca.
Dados da Sudene mostram que
50 cidades de Alagoas estão sofrendo com a seca, que atinge quase 490 mil pessoas.
De acordo com o coordenador
estadual da Defesa Civil, Erinaldo
Soares Cerqueira, o plano visa distribuir 12 mil cestas básicas e enviar 100 carros-pipa à região semi-árida do Estado.
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