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Grávida não quis sair
da Reportagem Local
A refém Zilda Maria Penas, 22,
grávida de oito meses, teve a
oportunidade de ser libertada
junto com suas filhas, mas não
quis sair. Ela é mulher do "faxina" Toni Luís Lúcio, 24, acusado
de tráfico de drogas.
Zilda, segundo sua sogra, Cristina Lúcio, 43, temia que algo
acontecesse ao marido. Ela estava com as duas filhas do casal,
Jéssica Renata, 7, deficiente-auditiva, e Caroline Cristina, 3.
"Segundo o líder da rebelião, a
Zilda e as crianças estavam sendo
a garantia dos presos", disse
Cristina. A mãe de Toni recebeu
um bilhete do filho, no qual ele
pedia um par de chinelos para a
mulher, um par de tênis para ele,
além de roupas e toalhas para as
crianças.
Segundo Cristina, Toni foi preso no domingo de Páscoa e ainda
aguarda a sentença do juiz.
Cristina disse que sua nora visitava Toni com as crianças todo
domingo. Zilda mora com a sogra em Poá (Grande São Paulo).
A rebelião virou atração em
Ferraz de Vasconcelos. De 100 a
200 pessoas ficaram observando
o motim em frente à cadeia.
A maioria eram parentes dos
presos. Todos tentavam obter informações dos detentos e mandavam bilhetes por funcionários
da prefeitura ou da cadeia, que
ficaram como intermediários.
Um transeunte não-identificado que passou pelo local disse:
"Agora quem não conhece Ferraz, vai conhecer pela televisão".
(MO)
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