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Piscicultura se torna alternativa
DA AGÊNCIA FOLHA
Além dos conflitos com índios e
dos riscos na exploração, muitos
garimpeiros que se aventuram na
"caça" aos diamantes acabam
muitas vezes sem renda para se
sustentar. Ex-garimpeiros da Serra do Tepequém, no norte de Roraima, que viviam sem nenhuma
renda após a proibição do garimpo de diamante, em 98, ganharam
uma alternativa econômica. As
erosões provocadas pela exploração do garimpo foram transformadas em tanques de peixes.
O projeto, que tem o apoio do
Sebrae, começou no final do ano
passado e está atendendo inicialmente 15 famílias. Na maioria, são
migrantes do Maranhão, Ceará e
do Amazonas, sem escolaridade,
que foram atraídos pelo garimpo.
"As condições eram precárias.
A proibição só acabou de vez com
a esperança de achar alguma coisa", disse o ex-garimpeiro Sidnei
Veras, 36. Hoje, as perspectivas
dele são outras. Ele é professor em
escola estadual, no Tepequém, e à
noite dá aulas, como voluntário,
de alfabetização de adultos para
os ex-garimpeiros.
"Eu já tinha estudado. A comunidade me incentivou a retomar
(os estudos). Então, fui para Boa
Vista, terminei a escola e fiz o magistério", disse Veras.
Depois de oferecer um curso de
associativismo para a comunidade do Tepequém, o Sebrae entregou cerca de 9.000 alevinos para a
comunidade, que estão sendo
criados nos tanques abertos com
a exploração mineral. A produção
é vendida em Boa Vista.
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