São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Piscicultura se torna alternativa

DA AGÊNCIA FOLHA

Além dos conflitos com índios e dos riscos na exploração, muitos garimpeiros que se aventuram na "caça" aos diamantes acabam muitas vezes sem renda para se sustentar. Ex-garimpeiros da Serra do Tepequém, no norte de Roraima, que viviam sem nenhuma renda após a proibição do garimpo de diamante, em 98, ganharam uma alternativa econômica. As erosões provocadas pela exploração do garimpo foram transformadas em tanques de peixes.
O projeto, que tem o apoio do Sebrae, começou no final do ano passado e está atendendo inicialmente 15 famílias. Na maioria, são migrantes do Maranhão, Ceará e do Amazonas, sem escolaridade, que foram atraídos pelo garimpo.
"As condições eram precárias. A proibição só acabou de vez com a esperança de achar alguma coisa", disse o ex-garimpeiro Sidnei Veras, 36. Hoje, as perspectivas dele são outras. Ele é professor em escola estadual, no Tepequém, e à noite dá aulas, como voluntário, de alfabetização de adultos para os ex-garimpeiros.
"Eu já tinha estudado. A comunidade me incentivou a retomar (os estudos). Então, fui para Boa Vista, terminei a escola e fiz o magistério", disse Veras.
Depois de oferecer um curso de associativismo para a comunidade do Tepequém, o Sebrae entregou cerca de 9.000 alevinos para a comunidade, que estão sendo criados nos tanques abertos com a exploração mineral. A produção é vendida em Boa Vista.


Texto Anterior: "Para resolver, é preciso legalizar"
Próximo Texto: Panorâmica
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.