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SEGURANÇA
Portaria de unidade em Osasco foi alvo de tiros de fuzis e de pistolas; polícia não conseguiu prender ninguém
Grupo dispara contra presídio e fere mulher
DO AGORA
Um grupo armado abriu fogo
contra a portaria do CDP 1 (Centro de Detenção Provisória 1), no
quilômetro 20 da rodovia Raposo
Tavares, em Osasco (Grande SP),
ontem pela manhã. Uma mulher
levou um tiro na perna e foi socorrida em um hospital na região.
A polícia trabalha com a hipótese de tentativa de tentativa de fuga, mas também considera a possibilidade de atentado, apesar de
nenhum grupo ter assumido a autoria da ação.
Por volta das 7h, centenas de parentes de presos -a maioria mulheres e crianças- faziam fila na
portaria, esperando o início da visitação aos detentos, às 8h.
Segundo testemunhas, pelo menos quatro carros passaram lentamente pela estrada de terra em
frente à portaria do presídio. Alguns metros depois, os carros pararam e voltaram. "Quando estavam em frente à portaria, começaram a atirar", disse Michele, 20.
"Eles não gritaram nada, simplesmente abriram fogo."
Os bandidos -entre seis e oito
homens, de acordo com depoimentos de testemunhas- estariam armados com fuzis e pistolas. Não houve revide dos funcionários do presídio.
Depois de alguns minutos de
disparos, o bando saiu em disparada. Os parentes dos presos disseram que a polícia levou mais de
dez minutos para chegar ao local.
Um helicóptero participou das
buscas, mas ninguém foi encontrado.
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 1º DP de Osasco,
pelo menos quatro carros participaram da ação. Um Gol cinza, um
Golf claro, um Uno azul e um carro escuro não identificado.
No final da tarde de ontem, a
delegada Norimar Vivian Ferreira, 52, disse que considerava a
possibilidade de tentativa de resgate de presos ou atentado. "Pode
ter sido algum tipo de ameaça",
afirmou.
A ação ocorreu um dia depois
que dez membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram transferidos de São Paulo, em
vôo fretado, para o presídio de segurança máxima de Presidente
Bernardes (SP), o único do Estado
com bloqueador de celular em
operação. A transferência concluiu a operação desencadeada na
última quinta-feira para isolar o
PCC.
Na portaria do CDP, na tarde de
ontem, os parentes que saíam das
visitas estavam indignados com o
ocorrido. Disseram que não havia
vigias na portaria do presídio na
hora dos disparos. Um funcionário explicou que havia porteiros,
mas eles não andam armados.
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