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Novas frentes de apuração foram abertas após denúncias; relatório será entregue amanhã ao Ministério Público
PF vai investigar mais sindicatos do setor
PALOMA COTES
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de investigar os sindicatos
dos motoristas e cobradores de
São Paulo e de Guarulhos (Grande São Paulo), a Polícia Federal
também está atrás de informações de supostas irregularidades
de outras entidades trabalhistas
ligadas ao transporte.
A assessoria da PF não deu detalhes sobre as novas frentes de investigação, mas fontes do órgão
informam que um dos alvos é o
sindicato de cargas de SP, presidido por José Carlos de Sena. As investigações, diz a PF, tem como
base denúncias feitas por ex-sindicalistas e pelo disque-denúncia,
criado justamente para receber
denúncias referentes à área.
Até amanhã, a PF entrega nas
mãos do Ministério Público Federal o relatório do inquérito que
apura um suposto esquema de
propina entre sindicalistas e empresários para a realização de paralisações e greves na cidade. Caso
a Justiça aceite a denúncia, ela se
transformará em uma ação penal.
O prazo para a entrega do relatório coincide com o fim da prisão
temporária de 11 sindicalistas que
foram presos no último dia 19
-incluindo aí Edivaldo Santiago,
presidente do sindicato de São
Paulo. Outros cinco, que se entregaram ao longo da semana passada, continuarão detidos até que
vença o prazo da prisão temporária de cada um deles.
O Ministério Público Federal
deverá pedir, amanhã, a prisão
preventiva de todos os sindicalistas já presos. Mas integrantes da
própria PF acreditam que nem todos continuarão detidos.
Na quinta-feira, todos foram indiciados por formação de quadrilha, desobediência a ordem judicial (por não terem mantido parte
da frota nas ruas durante as greves), paralisação de trabalho seguida de violência, paralisação de
trabalho de interesse coletivo,
frustração de direitos trabalhistas
e danos ao patrimônio (por supostas depredações de ônibus).
Santiago permanecerá preso
por, pelo menos, mais um mês.
Na sexta-feira, a Justiça de Guarulhos decretou a prisão temporária
dele, por 30 dias, por suposta participação na morte do presidente
do sindicato dos condutores de
Guarulhos, Maurício Alves Cordeiro, assassinado em 2001.
A PF não soube dizer se Santiago continuará detido na superintendência do órgão, na Lapa (zona oeste), ou se será transferido
para um Centro de Detenção Provisória, do Estado.
Os advogados do sindicalista estão analisando o pedido de prisão
e pretendem, caso não haja fundamentação, pedir um habeas
corpus para seu cliente.
Disque-denúncia: 0/xx/11/3616-5211
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