DA SUCURSAL DO RIO

Ex-comandante do 4º BPM (Batalhão da Polícia Militar), o tenente-coronel Erir Ribeiro da Costa Filho reafirmou ontem, em depoimento, que o secretário estadual de Esportes, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, teria pedido o fim das ações policiais no morro da Mangueira, conforme diz ofício enviado por ele em fevereiro à Secretaria de Segurança do Rio.
Antes do depoimento prestado à Polícia Civil, Costa Filho disse que não acusou ninguém, apenas relatou um fato.
Acompanhado por dois advogados, o ex-comandante chegou à Polícia Civil no fim da manhã . Ele foi interrogado pelo subchefe da Polícia Civil, Paulo Passos, responsável pelo inquérito. Depois de quatro horas, saiu pela garagem sem dar entrevistas.
Em relatório enviado ao comando da Polícia Militar na semana passada, o ex-comandante já mantivera o relato de que Chiquinho lhe pedira uma "trégua" ao tráfico da Mangueira.
Segundo o advogado Aloísio Gonzaga, o tenente-coronel confirmou as informações escritas no relatório reservado que enviou à Secretaria de Segurança no dia 17 de fevereiro.
Nele, o então comandante dizia ter sido procurado por Chiquinho para que desse uma "trégua" aos traficantes, que estariam "acuados" e não "vendendo nada".
A Secretaria de Segurança informou que só divulgará informações sobre o inquérito após sua conclusão. O major Roberto Alves Lima, que teria testemunhado a reunião entre Costa Filho e Chiquinho, será convocado a depor.
O delegado já ouviu dois ex-comandantes do 4º BPM.


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