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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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Polícia diz que resolve nesta semana caso de aluna baleada em campus

DA SUCURSAL DO RIO

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Álvaro Lins, afirmou ontem que, até o final desta semana, o caso da estudante Luciana Gonçalves de Novaes, baleada dentro do campus do Rio Comprido (zona norte) da Universidade Estácio de Sá, será resolvido.
Segundo Lins, a partir de algumas imagens do circuito interno, recuperadas pelo Icce (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), é possível ver dois homens armados -um deles teria feito o disparo. Ele disse que ainda não é possível identificar as pessoas. "Vai depender do trabalho de recuperação do resto das imagens que foram adulteradas", disse o chefe da Polícia Civil. "O que podemos afirmar agora é que o tiro contra a estudante partiu de dentro da universidade e que, até o fim da semana, o caso será resolvido."
Segundo Lins, o perito Ricardo Molina, da Unicamp, convidado pela Secretaria de Segurança Pública para ajudar na recuperação das imagens, não conseguirá reaver todas as gravações perdidas, mas há grandes chances de as que podem ser recuperadas apontarem o autor do disparo.
Ontem à tarde, um aluno que aparece nas imagens divulgadas anteontem pelo "Fantástico" segurando uma mochila e esticando o braço, apontando o que poderia ser uma arma, se apresentou ao delegado Luiz Alberto de Andrade, titular da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes).
Segundo policiais, o aluno, cujo nome não foi divulgado, disse ter se reconhecido na TV, mas negou que estivesse armado ou que tenha atirado. Andrade não comentou as declarações do estudante.
Essas gravações são da câmera 11, a mesma cujas imagens do instante em que a aluna de enfermagem é baleada foram entregues só uma semana após o crime.
O gerente da Tele-Segurança (empresa responsável pelo circuito interno de TV do campus), Carlos Duarte Ferreira, também esteve na DRE. Segundo o delegado Andrade, ele ajudou os peritos a recuperar imagens adulteradas.
A acareação entre ele e o inspetor da Polícia Civil Marco Ripper, que integra o esquema de segurança do campus, não aconteceu ontem e não tem data marcada.
A acareação foi pedida por Andrade, que quer verificar a afirmação de Ferreira de que Ripper teria impedido peritos de ver as imagens antes de serem feitas as cópias entregues à polícia.
O Hospital Pró-Cardíaco informou que o estado da estudante permanece grave. A bala atingiu a coluna cervical da estudante, que corre o risco de ficar tetraplégica.


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