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Polícia diz que resolve nesta semana caso de aluna baleada em campus
DA SUCURSAL DO RIO
O chefe da Polícia Civil do Rio
de Janeiro, Álvaro Lins, afirmou
ontem que, até o final desta semana, o caso da estudante Luciana
Gonçalves de Novaes, baleada
dentro do campus do Rio Comprido (zona norte) da Universidade Estácio de Sá, será resolvido.
Segundo Lins, a partir de algumas imagens do circuito interno,
recuperadas pelo Icce (Instituto
de Criminalística Carlos Éboli), é
possível ver dois homens armados -um deles teria feito o disparo. Ele disse que ainda não é possível identificar as pessoas. "Vai
depender do trabalho de recuperação do resto das imagens que
foram adulteradas", disse o chefe
da Polícia Civil. "O que podemos
afirmar agora é que o tiro contra a
estudante partiu de dentro da
universidade e que, até o fim da
semana, o caso será resolvido."
Segundo Lins, o perito Ricardo
Molina, da Unicamp, convidado
pela Secretaria de Segurança Pública para ajudar na recuperação
das imagens, não conseguirá reaver todas as gravações perdidas,
mas há grandes chances de as que
podem ser recuperadas apontarem o autor do disparo.
Ontem à tarde, um aluno que
aparece nas imagens divulgadas
anteontem pelo "Fantástico" segurando uma mochila e esticando
o braço, apontando o que poderia
ser uma arma, se apresentou ao
delegado Luiz Alberto de Andrade, titular da DRE (Delegacia de
Repressão a Entorpecentes).
Segundo policiais, o aluno, cujo
nome não foi divulgado, disse ter
se reconhecido na TV, mas negou
que estivesse armado ou que tenha atirado. Andrade não comentou as declarações do estudante.
Essas gravações são da câmera
11, a mesma cujas imagens do instante em que a aluna de enfermagem é baleada foram entregues só
uma semana após o crime.
O gerente da Tele-Segurança
(empresa responsável pelo circuito interno de TV do campus),
Carlos Duarte Ferreira, também
esteve na DRE. Segundo o delegado Andrade, ele ajudou os peritos
a recuperar imagens adulteradas.
A acareação entre ele e o inspetor da Polícia Civil Marco Ripper,
que integra o esquema de segurança do campus, não aconteceu
ontem e não tem data marcada.
A acareação foi pedida por Andrade, que quer verificar a afirmação de Ferreira de que Ripper teria impedido peritos de ver as
imagens antes de serem feitas as
cópias entregues à polícia.
O Hospital Pró-Cardíaco informou que o estado da estudante
permanece grave. A bala atingiu a
coluna cervical da estudante, que
corre o risco de ficar tetraplégica.
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