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São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003

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Participantes só obtêm detalhes na hora de invadir

DA REPORTAGEM LOCAL

A invasão simultânea de quatro prédios (seriam seis, mas, em dois casos, a PM barrou) começou a ser preparada há seis meses.
A organização envolve a escolha dos imóveis e a preparação dos sem-teto nos 45 grupos de base. Eles só sabem na hora, quando já estão dentro dos ônibus, quais serão os alvos da invasão. Tudo para evitar vazamento de informações e frustração do movimento.
O MSTC (Movimento dos Sem-Teto do Centro) surgiu em 2000, após a ocupação de um hospital na zona leste, como uma dissidência do Fórum dos Cortiços.
O movimento, embora seja filiado à União dos Movimentos de Moradia, principal entidade do setor e que organizou a invasão de 6.100 sem-teto em 1999, não concorda com as diretrizes atuais dela. O MSTC teve a ajuda de 11 grupos na ocupação, mas não da UMM.
Antes da mobilização da última semana, havia 457 famílias ligadas ao MSTC em quatro edifícios do centro. A entidade estima que 12 mil famílias estejam no movimento, mas somente 2.500 são ativas. Podem participar os moradores de cortiços, de favelas, trabalhadores que moram de aluguel, que vivem de favor ou em casa de parentes e com renda de até dez salários mínimos.


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