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São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003

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Coordenador se engajou aos 15 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

O homem que é um dos coordenadores do MTST no acampamento de São Bernardo do Campo nasceu na Paraíba e diz que seu pai era dono de 20 alqueires em Areias, no interior do Estado, mas foi expulso por um coronel. Em 1974, a família chegou a São Paulo e foi viver em Sorocaba, onde se deu o início da militância política de João Batista Costa, 30.
Ele lembra que trabalhava como entregador de jornais, aos 15 anos, e se empolgou com uma passeata de bancários em greve, que gritava "o povo unido jamais será vencido". Na mesma hora, largou os jornais e se engajou na passeata. A estripulia do adolescente lhe custou o emprego.
Costa afirma que cursou até o ensino médio, mas frequentou, como ouvinte, cursos de filosofia na USP e economia na Unicamp. Em suas entrevistas, faz questão de dar um tom político às respostas, criticando o capitalismo, os latifúndios e a imprensa.
"Temos uma orientação contra o capitalismo", afirma. "Tudo se transforma, por que não podemos transformar a sociedade?"
Sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o coordenador do MTST é taxativo: "É um governo das impossibilidades porque não tem como conciliar capital e trabalho".


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