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INFÂNCIA
SUS tem apenas 21 leitos neonatais e 35 infantis em BH
Gêmeas prematuras correm risco de vida por falta de CTI
FÁBIA PRATES
da Agência Folha, em BH
Duas gêmeas que nasceram
prematuras de 7 meses correm
risco de vida em um hospital de
Contagem, região metropolitana
de Belo Horizonte, porque o SUS
não dispõe de vagas em CTIs neonatais para interná-las.
As gêmeas nasceram há oito
dias, com um quilo e meio cada
uma, estão com insuficiência respiratória e aguardam vaga no CTI
(Centro de Terapia Intensiva) internadas no berçário do hospital
Santa Helena.
Segundo informações do pediatra Ramon Oliveira, desde o dia
19, o Santa Helena faz contatos
diários com a Central de Leitos do
SUS (Sistema Único de Saúde) em
busca de vaga, mas a resposta é
sempre que todos estão lotados.
Segundo a Secretaria Municipal
da Saúde, seis bebês aguardam
vaga em CTIs neonatais e uma
criança, em CTI infantil.
"Desde que elas nasceram, a
gente não dorme e não come. Tá
difícil", disse Marcos de Freitas,
pai das meninas. Ele e a mulher,
Taitane Naum, vivem em um barraco na periferia da capital mineira e não têm dinheiro nem para
comprar o berço para as meninas.
A capital mineira vive hoje uma
carência de CTI neonatal e infantil. São apenas 21 neonatais e 35
infantis credenciados ao SUS.
Apesar de a Justiça ter determinado que a prefeitura deixasse
disponíveis novas vagas, o problema continua sem solução.
Na sexta-feira, Amanda Souza
morreu depois de esperar por
mais de 30 horas por uma vaga.
Ela também era prematura e precisava de um respirador artificial.
Amanda morreu três horas depois da internação no CTI.
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