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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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Paciente sofre sem medicação e lençol limpo

DA SUCURSAL DO RIO

Falta de remédios, medicamentos entregues com apenas metade dos comprimidos e até falta de travesseiros e lençóis limpos para os internados eram as críticas mais ouvidas ontem entre os pacientes que esperam por atendimento no Inca. Todos elogiaram o atendimento dos profissionais, mas muitos reclamaram de problemas que começaram a surgir nas últimas semanas.
O comerciante Miguel Silva dos Santos, 63, mora em São Gonçalo (Grande Rio) e reclamava ontem de um remédio em falta e de outro entregue só com a metade dos comprimidos que ele necessita. "Pego dois ônibus para vir até aqui e sinto muitas dores. Vou ter que voltar daqui a 15 dias porque esse remédio não vai durar um mês. O outro remédio que estava em falta custa só R$ 12, mas eu ganho um salário mínimo e não tenho dinheiro para comprar."
Jurema da Silva, 58, elogiou o atendimento, mas reclamou da falta de travesseiros e cobertas para o seu marido, Cláudio Martins, 61, que operou um câncer na laringe. "Não pudemos trocar o cobertor durante uma semana."
Marieta Delduck, uma das coordenadoras do Grupo de Amigos e Usuários do Inca, afirmou que a crise já existia antes de Haddad assumir, mas foi acentuada por causa de um "erro político" do ex-diretor-geral. Os diretores que se demitiram na sexta discordam. "O movimento é para mostrar que a política não deve interferir no andamento do Inca", diz o ex-diretor-executivo de Assistência, Luiz Augusto Maltoni Júnior.


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