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Paciente sofre sem medicação e lençol limpo
DA SUCURSAL DO RIO
Falta de remédios, medicamentos entregues com apenas metade
dos comprimidos e até falta de
travesseiros e lençóis limpos para
os internados eram as críticas
mais ouvidas ontem entre os pacientes que esperam por atendimento no Inca. Todos elogiaram
o atendimento dos profissionais,
mas muitos reclamaram de problemas que começaram a surgir
nas últimas semanas.
O comerciante Miguel Silva dos
Santos, 63, mora em São Gonçalo
(Grande Rio) e reclamava ontem
de um remédio em falta e de outro
entregue só com a metade dos
comprimidos que ele necessita.
"Pego dois ônibus para vir até
aqui e sinto muitas dores. Vou ter
que voltar daqui a 15 dias porque
esse remédio não vai durar um
mês. O outro remédio que estava
em falta custa só R$ 12, mas eu ganho um salário mínimo e não tenho dinheiro para comprar."
Jurema da Silva, 58, elogiou o
atendimento, mas reclamou da
falta de travesseiros e cobertas para o seu marido, Cláudio Martins,
61, que operou um câncer na laringe. "Não pudemos trocar o cobertor durante uma semana."
Marieta Delduck, uma das coordenadoras do Grupo de Amigos e
Usuários do Inca, afirmou que a
crise já existia antes de Haddad
assumir, mas foi acentuada por
causa de um "erro político" do ex-diretor-geral. Os diretores que se
demitiram na sexta discordam.
"O movimento é para mostrar
que a política não deve interferir
no andamento do Inca", diz o ex-diretor-executivo de Assistência,
Luiz Augusto Maltoni Júnior.
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