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Arrastão na Lapa termina com três suspeitos mortos
Ação em condomínio de SP fez 30 reféns; houve ao menos outros 25 crimes do tipo na capital neste ano
PABLO SOLANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um novo arrastão, desta vez
na Lapa (zona oeste de SP),
ocorreu em um prédio residencial anteontem. Três suspeitos
morreram e outros seis foram
presos. O porteiro ficou ferido.
Houve ao menos outros 32
arrastões no Estado neste ano
(até 6 de agosto), dos quais 25
na capital, segundo a Secretaria
da Segurança Pública. Apenas
sete foram solucionados.
No mais recente caso, cerca
de 30 pessoas foram feitas reféns por um grupo de ao menos
nove integrantes, disse o tenente Rafael Telhada. A delegada-titular do 7º DP, Nair de
Castro Andrade, diz que 15 pessoas prestaram depoimento e
recuperaram objetos. O grupo
entrou em dez apartamentos,
roubando laptop, canetas, óculos, dinheiro, joias e celulares.
A ação começou por volta das
20h. De acordo com a Polícia
Civil, o grupo rendeu o porteiro
e, com um controle do portão
do estacionamento, que já estava com eles, entrou na garagem.
A Polícia Civil investiga se
um Uno Mille foi usado para
entrar no prédio. Segundo moradores, no estacionamento,
uma dupla -com uma metralhadora caseira e um revólver-
fazia refém quem entrava.
Todos eram levados para a
escada de emergência. No local,
objetos pessoais eram roubados e as chaves dos apartamentos eram pedidas.
A PM chegou por volta das
21h, depois que uma moradora
olhou a ação dos bandidos pelo
olho-mágico e ligou para o 190.
Segundo a PM, ao notar os
policiais, o trio que estava com
os moradores ameaçou matá-los, mas, largando as armas,
abraçou moradores para se
passar por vítima. Denunciados, eles foram presos.
Um criminoso foi morto na
área de lazer do prédio e os outros dois no telhado de casas vizinhas, segundo a PM. O porteiro, único ferido, levou coronhadas ao ser questionado se ali
moravam "um deputado e um
comerciante japonês". Nenhum morador tinha essas características, diz a polícia.
Segundo a delegada, serão investigados se o grupo participou de outros arrastões e indícios de que um funcionário deu
informações ao grupo. Segundo
a secretaria, 63% dos arrastões
em condomínios ocorrem entre as 18h e as 0h.
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