São Paulo, sábado, 27 de agosto de 2011

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Suspeitos de fraudar a prefeitura são presos

Esquema envolve falsificação de guias

GIBA BERGAMIM JR.
RICARDO GALLO

DE SÃO PAULO

Quatro pessoas suspeitas de um esquema de fraude que pode ter causado um prejuízo de R$ 50 milhões à prefeitura foram presas ontem em operação da Corregedoria Geral do Município, Polícia Civil e Ministério Público.
Segundo o corregedor Edilson Bonfim, eles fazem parte de um esquema que pagava taxa para autorização de construção com guia falsa.
A taxa em questão é a outorga onerosa, que permite a construção de imóveis acima do limite previsto.
Foram presos Natali Federzoni, dono de um escritório que fazia serviços de despachante às construtoras, o arquiteto Joel José Abraão da Cruz e os consultores Nivaldino Dionísio de Oliveira e Adriana Dionísio de Oliveira _ pai e filha_ da Nobre Consultoria. À polícia, todos declararam inocência.
Segundo o corregedor, eles falsificavam a autenticação de pagamento nas guias.
Bonfim diz que estão em suspeita pagamentos empreendimentos das construtoras Porte, Onoda, Zabo, Marcanni e Odebrecht.

OUTRO LADO
A Odebrecht disse que adquiriu, em conformidade com a lei, créditos para pagamento de outorga onerosa, e "que possui todos os documentos referentes à operação".
A Zabo informou que colabora com as investigações e que terceiriza o serviço de pagamento com pessoas sérias.
A Folha não conseguiu localizar advogados da Marcani e da Porte.
O arquiteto Cruz não quis se pronunciar. Ricardo Testa, advogado de Natali Federzoni, disse que seu cliente fez o pagamento da outorga com precatórios, o que é permitido. Wellington Martins, advogado da Nobre, afirmou que a empresa não participou de esquema ilícito.


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