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Laboratórios alegam defasagem de preços
CARLA CONTE
da Reportagem Local
Os laboratórios afirmam que o
aumento dos remédios foi determinado por causa da defasagem
de preços. O laboratório Cibran,
que fabrica o Cinageron, afirma
que o preço estava defasado, principalmente em decorrência da determinação do governo, que impedia alteração dos preços de medicamentos até 1994.
Mesmo após liberação dos preços, a empresa alega que não reajustou automaticamente o preço,
o que foi feito só no ano passado,
diz o diretor comercial da Cibran,
Gilberto Galliza.
Ele também disse que o preço de
alguns remédios chega a sofrer
reajuste em decorrência da redução de outros medicamentos que
participam de licitação feita pelo
governo. "Baixamos o preço para
o governo, que fornece remédio
para quem não pode pagar, e cobramos um pouco mais daqueles
que podem pagar mais", diz.
De acordo com a assessoria de
imprensa da Roche, o laboratório
também afirma que o reajuste do
Rivotril corresponde a recomposição do preço referente ao período
em os preços ficaram inalterados
por determinação do governo.
A empresa também afirmou que
esse remédio é três vezes mais barato que o líder de mercado. O Rivotril atende cerca de 10% do mercado consumidor desse tipo de
medicação.
O gerente financeiro da Farmasa, Daniel Rodrigues, afirma que o
preço do Atens e Exit também estavam defasados. "Nós fazemos
reajustes localizados, de tempos
em tempos."
O gerente também afirma que
outras apresentações do Atens não
sofreram reajuste no último ano.
Segundo Rodrigues, o Atens 20
mg/30 envelopes, que sofreu reajuste, é o que vende menos da linha desse remédio. Há, pelo menos, outras três apresentações.
Em nota, a Asta Médica também
afirmou que a defasagem de preço, acumulada em anos anteriores, gerou o aumento do remédio.
Segundo o laboratório, esses medicamentes apresentavam rentabilidade negativa para a empresa.
Segundo a diretoria operacional
do laboratório Novaquímica, fabricante do Diazepan e Sonebon,
esses remédios tiveram reajuste
por causa do investimento feito no
departamento de propaganda e no
setor de produção desses remédios. Segundo o laboratório, a Novaquímica também segue o preço
dos principais concorrentes.
Os representantes da Pharmacia
& UPJ e Enila não foram localizados ontem pela Folha.
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