|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Não sou o novo Chico Picadinho'
da Reportagem Local
Jonas Prates Evangelista, 53, conheceu alguns dos criminosos
mais famosos do Estado quando
foi barbeiro no sistema prisional.
"Cortei o cabelo do Chico Picadinho, do Bandido da Luz Vermelha, do Hosmany Ramos, do Pedrinho Matador", disse. Todos
eles estiveram presos na Casa de
Custódia de Taubaté (SP), onde
Jonas esteve na década passada.
"Não sou o novo Chico Picadinho. Não sou uma pessoa perigosa. Dizem isso de mim porque a
língua humana é livre para dizer o
que quiser", afirmou Jonas.
Ele disse ter recebido tratamento
psiquiátrico na prisão. "Melhorar? Ninguém melhora na cadeia.
Os técnicos não sabem o que é que
se passa na mente humana. Sou
uma pessoa normal, tão normal
quanto cada um de vocês."
Incriminar
Sobre o assassinato de Valquíria
Aparecida de Oliveira Silva, o barbeiro afirmou que a conhecia havia dois meses, mas que ela não
morava em sua casa. "Ela só deixou seus pertences comigo."
Na quinta-feira passada, disse
Jonas, Valquíria apareceu com o
ex-marido e outros três homens.
Todos teriam bebido, fumado
crack e cheirado um pó branco.
Após algumas horas de farra, o
ex-marido de Valquíria teria passado a agredi-la. Ele e os outros
homens a teriam matado e esquartejado. Também teriam obrigado
Jonas a dar sumiço na cabeça.
"Não tive relação com essa mulher porque sou impotente." Mas
o delegado Marcelo Guedes Damas afirma que Jonas tentou forjar
provas contra o ex-marido. "É
mentira. As testemunhas não viram ninguém na casa dele."
(MG)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|