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São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2003

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Sumiço de caderno será investigado

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal abriu inquérito, a pedido da Procuradoria da República em São Paulo, para investigar o desaparecimento de documento apreendido na operação em que foi preso o homem apontado como o maior contrabandista de cigarros do país, Roberto Eleutério da Silva, o Lobão.
Um caderno encontrado em uma das empresas de Lobão, o qual teria anotações contábeis da quadrilha, não está entre as 23 caixas de documentos apreendidos no último dia 3 em São Paulo, que o Ministério Público recebeu dois dias depois da operação.
O caderno foi filmado por um produtor da Rede Globo, que acompanhou os policiais federais em uma das empresas visitadas durante a ação. A fita com as imagens da prova, que inclui detalhes de páginas com valores anotados à mão, está com a Procuradoria.
Segundo o procurador da República Sílvio Luís Martins da Silva, a equipe da PF que esteve na empresa registrou um "caderno universitário com anotações" em um auto de apreensão provisório e houve outra anotação depois na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. O caderno, disse ele, não estava dentro das caixas que a PF entregou.
"Era uma peça importante, que não encontramos nas caixas que recebemos", disse o procurador.
No dia da operação, delegados e agentes de outras regiões do país vieram a São Paulo para cumprir uma série de mandados de busca e apreensão, prender Lobão e seus assessores diretos. No mesmo dia, cinco pessoas foram detidas e 29 endereços foram averiguados, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará e na Paraíba.
Ontem, a assessoria da Polícia Federal, em Brasília, informou que a Procuradoria da República em São Paulo recebeu todos os documentos apreendidos na operação, entregues pessoalmente pela equipe chefiada pelo delegado Osmar Tavares de Melo.
A investigação sobre os negócios de Lobão foi feita pela Procuradoria da República do Distrito Federal, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, que fez os grampos telefônicos. A Polícia Federal entrou no caso no final, para cumprir as ordens de prisão e os mandados de busca e apreensão nos escritórios da quadrilha.


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