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Anac parada é bom para "sossegar um pouco", diz Jobim
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em campanha para concluir
as mudanças na direção da
Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil), o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse ontem que o fato de a agência ter
hoje apenas uma das cinco diretorias preenchidas é bom.
"Está paralisada, o que é bom
também, [para] sossegar um
pouco", afirmou.
Pressionados ou acusados de
irregularidades, quatro dos cinco diretores da Anac já deixaram o posto desde que Jobim
assumiu o ministério com carta-branca do presidente Lula.
O único que resiste é o diretor-presidente, Milton Zuanazzi, que não quer deixar o posto
de forma acuada. A expectativa
de Jobim é que Zuanazzi se retire ainda esta semana, mas ele
já disse a amigos que só pretende deixar o cargo após o Senado
aprovar o nome de pelo menos
três novos diretores. Até ontem
só foram indicados dois.
Com menos de três dirigentes desde 6 de setembro, a
agência não pode realizar reuniões de diretoria, onde são feitas deliberações como aprovação de normas de segurança ou
concessão de linhas. Porém, em
situações de urgência e relevância, Zuanazzi pode deliberar, mas as ações ficam pendentes de aprovação posterior.
A "acefalia" da Anac, porém,
não impede o funcionamento
da rotina, comandado pelo segundo escalão, formado por
seis superintendências ocupadas por pessoal de perfil técnico, alguns deles antigos integrantes do DAC (Departamento de Aviação Civil).
O ministro Walfrido dos Mares Guias (Relações Institucionais), padrinho político de Zuanazzi, informou anteontem a Jobim da intenção de Zuanazzi
de não renunciar agora.
Jobim já anunciou publicamente três nomes para ocupar
as vagas: o brigadeiro Allemander Pereira, a economista Solange Vieira e o advogado e
também economista Marcelo
Pacheco Guaranys. O primeiro
já foi sabatinado pelo Senado,
mas ainda não foi aprovado pelo plenário devido aos conflitos
políticos envolvendo Renan
Calheiros (PMDB-AL).
(MARIA LUIZA RABELLO)
Colaborou LEILA SUWWAN , da Sucursal de
Brasília
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