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Lula afirma ter "pequena deficiência" e promete investimento em inclusão
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em solenidade no Palácio
do Planalto, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva prometeu um investimento de R$
2,4 bilhões até 2010 em programas voltados para a população deficiente, hoje de 24,6
milhões de brasileiros.
O programa prevê, entre
outros pontos, investimentos
em infra-estrutura de transporte para adequá-la aos deficientes, incentivos à distribuição de próteses, melhorias em escolas para este público e
ações de qualificação para facilitar o acesso ao mercado de
trabalho pelos portadores de
deficiências.
No discurso durante a solenidade, ontem, Lula determinou que a Secretaria Especial
dos Direitos Humanos faça
uma "blitz" no Palácio do Planalto e nos ministérios para
ver se o governo cumpre com
a lei que garante pelo menos
5% das vagas no serviço público aos deficientes.
"A lei nós já temos (...) A
pergunta que eu me faço é se
nós mesmos estamos cumprindo isso. Essa é uma pergunta que me inquieta, porque se eu não sou capaz de
educar a minha família, muito mais difícil será eu tentar
educar a família dos outros",
afirmou o presidente.
Lula contou que, antes de
chegar à solenidade, perguntou a um de seus assessores
quantos portadores de deficiência trabalhavam no Palácio do Planalto. "Ninguém sabia responder, certamente porque não tem, porque se tivesse saberiam."
Ainda brincou: "Nós temos
um presidente da República
que tem uma pequena deficiência, mas que não é necessariamente impeditiva de
exercer o mandato", brincou,
mostrando a mão esquerda -
ele não tem o dedo mínimo.
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