COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Hotel Emiliano afirma que a decisão de ratear os custos da obra foi tomada pelos moradores dos prédios, em decisões internas, durante assembléias legalmente constituídas.
"Se eles estão tendo um problema interno, aí é com eles", diz o diretor-geral do hotel, Gustavo Filgueiras.
O valor a ser pago foi calculado com base na metragem da calçada na frente do terreno de cada edifício ou residência.
Em um dos prédios, por exemplo, o valor da reforma a ser rateado é de R$ 76 mil, sem contar os gastos com a manutenção posterior à obra.
O hotel deverá pagar no total R$ 16.628 de reforma.
Para o vice-presidente do Secovi-SP (Sindicato do Setor Imobiliário), Hubert Gebara, decisões referentes a benfeitorias dos prédios dependem de autorização de assembléia e, se elas foram tomadas dessa forma, têm validade. Os moradores que não pagarem poderão ser acionados judicialmente pelo condomínio.
Segundo o diretor-geral do hotel, os apartamentos, após as reformas, vão valorizar muito mais do que o valor gasto pelos moradores após a implementação da nova pavimentação.
"Sem dúvida, a calçada vai ser boa para todos os moradores. No quarteirão, tem prédio em que moradores já estão pedindo R$ 1,1 milhão para vender o apartamento, dizendo que depois da calçada nova vai valorizar muito", ressalta.
"Vai ser melhor do que para a gente, que já somos uma marca conhecida e consolidada", diz.
Ele usa como exemplo o trecho de cinco quarteirões da Oscar Freire que já passou por reforma semelhante: "Você pega o volume de pessoas que vinham à rua antes da reforma. Aumentou muito depois. Além disso, o faturamento das lojas quase dobrou."
O diretor-geral do hotel ressalta ainda que a construção do novo piso ajudará a evitar acidentes para os pedestres. Segundo ele, atualmente, a calçada é desnivelada e apresenta, em alguns trechos, muitos buracos. (TB)

Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Indústria do tabaco financiou atores de Hollywood, diz estudo
Índice