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Parentes de internos tentam agredir monitor que foi refém
da Reportagem Local
Mães e parentes de internos tentaram ontem agredir o monitor
Roberto Brasil em frente ao portão principal da Febem Imigrantes. O monitor se afastou da unidade anteontem, depois de ser
mantido como refém por menores durante 12 horas.
Ele voltou à unidade ontem para pegar documentos, foi vaiado e
chamado de "matador" por parentes de menores infratores.
A tropa de choque teve que intervir para livrar Brasil do grupo
de cerca de 50 pessoas que seguiu
o monitor. Ele teve que se esconder em uma lanchonete.
"Para bater no filho da gente, ele
presta. Agora, ele fica dando uma
de vítima", disse Irma Mafra Martins dos Santos, 40, mãe do menor
B., 16. "Meu filho já disse que ele é
um dos monitores que batem."
"Ele apanhou porque gosta de
bater", gritava uma das mães durante o tumulto, sobre os ferimentos que Brasil adquiriu na cabeça e na mão esquerda durante o
tempo em que ficou como refém,
na madrugada de segunda.
"Meu filho já apanhou desse velho. Agora ele fica aí dando entrevistas", disse ontem Rosângela de
Souza, mãe de A., 15.
Em entrevista à imprensa, Brasil
negou bater em menores.
A revolta das mães aconteceu
depois de um grupo ter conseguido entrar na Febem para visitar os
filhos.
Em seguida, pais saíram dizendo que os menores estariam sendo obrigados a beber urina por
policiais da tropa de choque, em
represália à rebelião. A informação revoltou as mães. Logo depois, as visitas foram suspensas.
Um comandante da tropa negou a informação.
Segundo ele, os policiais não
têm acesso aos internos, pois ficam na área externa da unidade e
apenas acompanham os menores
à distância, cuidando apenas da
segurança.
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