São Paulo, Quarta-feira, 27 de Outubro de 1999
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ACIDENTE NA PAULISTA

As duas empresas podem ser indiciadas

Transporte do carrinho que matou estudante foi irregular

da Reportagem Local

O carrinho que despencou de um edifício e matou uma estudante na última sexta-feira foi transportado fora das normas de segurança da construção civil.
A avaliação é do coordenador da Divisão de Segurança do Instituto de Engenharia de São Paulo, Jorge Baff Ribeiro.
A estudante Milene Modesto, 28, morreu após ser atingida por um carrinho, quando passava pela calçada da avenida Paulista, na região central de São Paulo.
O carrinho foi pendurado na alavanca de uma caçamba metálica, que estava sendo transportada por um guindaste. A alavanca serve para abrir o fundo da caçamba.
"A alavanca não foi feita para isso. Alguém decidiu fazer o transporte dessa forma para poupar tempo, não calculou os riscos e causou o acidente", disse Ribeiro.
O engenheiro da Construtora Romeu Chap Chap José Carlos Zacarias, responsável pela reforma do prédio, afirmou que o transporte do carrinho na alavanca da caçamba é um "procedimento normal".
"O peso do carrinho contribui para manter a alavanca fechada. Ele só caiu porque o operador do guincho fez um movimento brusco, que lançou o carrinho para fora da área de segurança do prédio", disse Zacarias.
A Grumont, responsável pela operação e aluguel do guincho, afirmou que funcionários contratados pela Construtora Romeu Chap Chap, erraram ao prender o carrinho na alavanca. A Polícia Civil informou que as duas empresas poderão ser indiciadas pelo acidente. Os responsáveis devem ser acusados de homicídio culposo (sem intenção).


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