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RAVE NA RUA
Parte do público que acompanhou o evento, que contou com 16 trios elétricos e 130 DJs, pulou no lago do parque
Festa de música eletrônica reúne 170 mil no Ibirapuera
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 170 mil pessoas tomaram conta ontem da praça General Estilac Leal, onde fica o Monumento às Bandeiras, em frente ao
parque Ibirapuera, na zona sul de
São Paulo, nas oito horas em que
a música eletrônica tocou sem parar em 16 trios elétricos.
O local foi palco da Parada AME
São Paulo, evento que fechou a semana jovem organizada pela prefeitura e pela Associação dos
Amigos da Música Eletrônica,
que deve se repetir em 2004.
Cabelos espetados, roupas coloridas e pessoas que nem gostam
de música eletrônica foram atraídas para a praça, que ficou tomada por jovens dançando. No auge
do calor, dezenas de jovens se atiraram no lago do Ibirapuera.
Os namorados Emerson Alves,
21, e Flávia Ciscar, 16, deixaram a
filha de oito meses em casa para
participar do evento. "Curto rap,
mas estou achando muito legal
tudo isso", afirmou Alves.
No total, 130 DJs passaram pela
rave a céu aberto, cujo público foi
estimado pela Polícia Militar no
horário de maior pico, por volta
das 17h. A organização acredita
que bem mais pessoas passaram
pelo lugar ao longo do dia.
O guitarrista da banda Ira!, Edgar Scandurra, amante da música
eletrônica, improvisou uma pequena apresentação em um dos
caminhões de som, misturando
guitarra e batidas tecno.
A estudante Juliana Palma, 18,
faz parte de um grupo de amigos
da Freguesia do Ó (zona norte de
SP) que enfrentou a maratona eletrônica sem descansar. "É uma
opção que faltava", afirma, ao falar sobre os preços para entrar nas
festas rave. Ontem foi de graça.
Quando a noite chegou, as ruas
ao redor do monumento ganharam novas cores, com colares luminosos e tochas usadas em uma
demonstração que lembra os "engolidores de fogo" dos circos.
Embalados por uma mistura incendiária que não revelam, eles
demonstraram "arremessos" de
fogo -cuspir o líquido inflamável sobre a tocha, formando um
facho luminoso. "Isso se chama
pirofagia", diz Ricardo André Lorenz, 21, ao contar que as "manobras" com fogo têm nomes.
Pelo planejamento inicial, os
trios deveriam ter saído da praça
em direção ao Obelisco, mas a organização, por segurança, preferiu ficar ao redor do monumento.
Segundo a PM, não houve ocorrências graves. Entre os atendimentos médicos, insolação foi a
causa mais frequente.
Colaborou o "Agora"
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