São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2004

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OUTRO LADO

"Eu não chamo de erro. Foram dificuldades"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Metrô de São Paulo reconhece que a ociosidade da linha 5-lilás é resultado do atraso na implantação da linha 4-amarela. Mas evita falar em falhas.
"É um problema aritmético: 5 deveria vir depois de 4. É quando a ausência [da linha 4] se torna presença marcante [com a linha 5 sem passageiros]", diz Renato Viegas, diretor de planejamento do Metrô e da CPTM, explicando as razões do fracasso de demanda.
Mas não foi um erro do Estado fazer a linha 5 antes da 4, deixando ocioso um investimento de US$ 646 milhões?
"De planejamento, não", afirma Viegas, explicando que a linha 4 foi planejada até antes. "Houve um erro de implantação, mas que eu não chamo de erro. Foram dificuldades", diz ele, explicando que a ligação Luz-Vila Sônia "passou por algumas frustrações" -como dificuldades para obter financiamento do Banco Mundial, problema que não houve com a linha 5, financiada pelo BID.
Viegas diz que, mesmo com as integrações gratuitas com ônibus intermunicipais, a linha 5-lilás não deve ultrapassar a demanda de 50 mil passageiros antes de 2008, quando deve ser inaugurada a linha 4. "O custo dela ainda vai ser diluído e compensado depois", afirma.
Viegas diz ainda que a situação deficitária deve permanecer por esse mesmo período, mas que não compromete as finanças do Metrô, por representar "apenas 5% das despesas totais da rede". (AI)


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