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OUTRO LADO
"Eu não chamo de erro. Foram dificuldades"
DA REPORTAGEM LOCAL
O Metrô de São Paulo reconhece que a ociosidade da linha
5-lilás é resultado do atraso na
implantação da linha 4-amarela. Mas evita falar em falhas.
"É um problema aritmético:
5 deveria vir depois de 4. É
quando a ausência [da linha 4]
se torna presença marcante
[com a linha 5 sem passageiros]", diz Renato Viegas, diretor de planejamento do Metrô
e da CPTM, explicando as razões do fracasso de demanda.
Mas não foi um erro do Estado fazer a linha 5 antes da 4,
deixando ocioso um investimento de US$ 646 milhões?
"De planejamento, não", afirma Viegas, explicando que a linha 4 foi planejada até antes.
"Houve um erro de implantação, mas que eu não chamo de
erro. Foram dificuldades", diz
ele, explicando que a ligação
Luz-Vila Sônia "passou por algumas frustrações" -como
dificuldades para obter financiamento do Banco Mundial,
problema que não houve com a
linha 5, financiada pelo BID.
Viegas diz que, mesmo com
as integrações gratuitas com
ônibus intermunicipais, a linha
5-lilás não deve ultrapassar a
demanda de 50 mil passageiros
antes de 2008, quando deve ser
inaugurada a linha 4. "O custo
dela ainda vai ser diluído e
compensado depois", afirma.
Viegas diz ainda que a situação deficitária deve permanecer por esse mesmo período,
mas que não compromete as finanças do Metrô, por representar "apenas 5% das despesas totais da rede".
(AI)
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