DA REPORTAGEM LOCAL

A juíza de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, Daniella Camberlingo, aceitou ontem denúncia (acusação formal) do promotor Marcus Patrick de Oliveira Manfrin contra os acusados de envolvimento no assassinato dos namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19. Os dois eram estudantes do Colégio São Luis. Caffé foi morto no dia 2 deste mês, e Friedenbach, no dia 5.
A denúncia destaca a participação de Paulo César da Silva Marques, conhecido como Pernambuco, Agnaldo Pires, Antonio Caetano Silva e Antonio Matias de Barros. Eles são acusados de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e estupro.
Na peça acusatória, Manfrin sustenta que Pernambuco "induziu [um adolescente que está recolhido à Febem] a matar Liana Friedenbach, o que efetivamente ocorreu no dia 5 de novembro, aproximadamente às 2h". Conforme a ação, quando Pernambuco fugiu, no dia 2, teria dito ao jovem: "Se quiser matar, pode matar", referindo-se a Friedenbach.
O envolvimento de um adolescente, apontado pela polícia como o principal mentor dos crimes, não está detalhado nessa denúncia da Promotoria. Isso porque, conforme explicou o promotor, por ser menor de idade, o adolescente responde em separado. Uma representação para aplicação de medidas socioeducativas por conta de seus atos também já foi encaminhada.
Na ação proposta por Manfrin também são citados o irmão e o patrão do adolescente denunciado. Os dois são acusados de omissão de socorro.


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