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APITO DO CIDADÃO
Bichos geraram 42.553 reclamações; roedor soma mais de dois terços delas, mas até pulga incomoda
Entre os animais, rato é o maior intruso
DA REPORTAGEM LOCAL
Os animais não dão sossego aos
paulistanos. Cavalos, cachorros,
gatos, escorpiões, ratos e até pulgas são alvos de reclamações nas
subprefeituras da cidade. Se somadas, formam um total de
42.553 solicitações desde o começo do ano, sendo que 30.562 se referem apenas aos ratos.
Apenas a Subprefeitura da Freguesia do Ó, na zona norte da capital paulista, recebeu 528 reclamações nos últimos três meses. A
dona-de-casa Maria Aparecida
Luz, 41, foi uma das que se queixaram. "Tinha rato na minha rua,
no ponto de ônibus, na praça. A
região estava infestada. Não
adiantava colocar nenhum tipo
de veneno", conta ela.
"Fui à subprefeitura e lá eles me
disseram para esperar que ia chegar uma equipe para dar orientações. Estou esperando, mas nas
últimas semanas vi menos ratos
por aí."
A prefeitura está fazendo uma
campanha para combater os ratos-de-telhado -que vivem nos
forros das casas e cuja população
cresceu bastante- e está testando um veneno anticoagulante
que só mata após cinco dias. Como este rato não morde a mesma
isca que causou a morte de outro
roedor, espera-se enganá-los.
Para Walter Feldman, secretário das Subprefeituras, a estratégia está dando certo. "O número
de reclamações contra os ratos já
diminuiu, o que é um bom sinal,
porque esse era um problema
dramático", diz. "Com a volta das
chuvas temos de manter os serviços de prevenção e limpeza."
Excluindo-se os ratos, são os
cães que mais causam reclamações na cidade (4.242), seguidos
pelos pombos (1.393). Cinqüenta
e oito moradores da cidade se
queixaram de pulgas e 617, de
aranhas ou escorpiões.
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