São Paulo, domingo, 27 de novembro de 2005

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Unicef critica trabalho que sacrifica estudo

DA ENVIADA ESPECIAL A SÃO JOAQUIM

O adolescente não pode ser confundido com simples mão-de-obra. O trabalho de jovens de 14 a 16 anos deve possibilitar a profissionalização, sem impedir que eles se dediquem aos estudos (também fora da escola) e tenham lazer. É o que afirma o oficial de projetos do Unicef (fundo da ONU para a infância) Salvador Soler. Ele defende ajuda de programas oficiais a famílias que não conseguem se manter.
Segundo a secretária do Bem-Estar Social de São Joaquim, Eliane Fontanella, cem crianças e adolescentes da cidade recebem bolsas do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), no valor de R$ 25. Mas há famílias em extrema miséria, sobrevivendo com de zero a três salários mínimos.
"Não concordo com o trabalho de menores de 16 anos. Mas é difícil convencer as famílias. Elas não trocam R$ 25 por cerca de R$ 300, salário que os filhos recebem. Além das bolsas, o governo federal precisava oferecer programas paralelos."


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