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Unicef critica
trabalho que
sacrifica estudo
DA ENVIADA ESPECIAL A SÃO JOAQUIM
O adolescente não pode
ser confundido com simples
mão-de-obra. O trabalho de
jovens de 14 a 16 anos deve
possibilitar a profissionalização, sem impedir que eles
se dediquem aos estudos
(também fora da escola) e tenham lazer. É o que afirma o
oficial de projetos do Unicef
(fundo da ONU para a infância) Salvador Soler. Ele defende ajuda de programas
oficiais a famílias que não
conseguem se manter.
Segundo a secretária do
Bem-Estar Social de São Joaquim, Eliane Fontanella,
cem crianças e adolescentes
da cidade recebem bolsas do
Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), no
valor de R$ 25. Mas há famílias em extrema miséria, sobrevivendo com de zero a
três salários mínimos.
"Não concordo com o trabalho de menores de 16
anos. Mas é difícil convencer
as famílias. Elas não trocam
R$ 25 por cerca de R$ 300,
salário que os filhos recebem. Além das bolsas, o governo federal precisava oferecer programas paralelos."
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