São Paulo, domingo, 27 de novembro de 2005

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OUTRO LADO

Secretário diz que houve avanço em relação à situação anterior

DA AGÊNCIA FOLHA, EM DIADEMA

O secretário estadual da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, admite que os CDPs estão superlotados. Mas, segundo ele, houve avanços em relação à situação das carceragens e cadeias públicas, já que a superlotação dos CDPs é menor do que era nas unidades desativadas.
"Chegamos a desativar carceragens com 600%, 700% e até 800% de superlotação", disse o secretário, no último dia 17, durante a inauguração do 33º CDP, em Diadema (região do ABC paulista).
"Claro que não chegamos a um ponto ideal ainda, mas o avanço é constatado numericamente. Não se trata da minha opinião. Quem saiu de 800% e agora tem no máximo 141% [de superlotação] indiscutivelmente teve avanço".
Furukawa criticou governos anteriores ao do PSDB. Disse que a construção de CDPs se fez necessária, pois "deixaram que as cadeias públicas se deteriorassem, sem as mínimas condições de funcionamento, algumas chegando a ser interditadas pela Justiça".
O secretário apontou que desde 1999, quando assumiu a secretaria, cerca de R$ 500 milhões foram investidos na construção de presídios, o que fez o sistema carcerário paulista saltar de 62 para 138 unidades. Elas abrigam 120 mil presos, a maior população carcerária do país. O déficit é de cerca de 20 mil vagas. Segundo o secretário, 10 mil novas vagas em presídios serão abertas em 2006, quando o Estado prevê investir R$ 200 milhões. Serão construídos pelo menos seis novos CDPs, nas cidades de Santos, Franca, Jundiaí e Caraguatatuba, além de um na região de Campinas e outro no Vale do Paraíba. (FÁBIO AMATO)


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