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Cooperativas dizem que terceirização beneficia docentes
Embora reconheçam que há entidades que não seguem a lei, elas afirmam que professor terceirizado tem vantagens
Entre os benefícios, são citados salários acima da média, planos de aposentadoria privada e participação nos lucros
DA REPORTAGEM LOCAL
Representantes das cooperativas educacionais de São Paulo
reconhecem que há entidades
que não seguem a lei, mas afirmam que o modelo pode ser benéfico tanto para os professores quanto para as escolas.
"Em cooperativas sérias, o
professor pode ter até mais benefícios do que na CLT", diz o
diretor operacional da Fecesp
(Federação das Cooperativas
Educacionais do Estado de São
Paulo), José Cláudio da Silva.
Ele afirma que há entidades
que oferecem uma espécie de
fundo que banca os dias parados do docente e vantagens como previdência privada. "O
professor só não tem aviso prévio e fundo de garantia. Mas,
em geral, a hora-aula que ele
ganha é maior do que a média, o
que compensa isso."
Representantes de escolas
afirmaram que as cooperativas
ganharam força na educação há
no máximo cinco anos.
"O modelo é muito bom para
o profissional empreendedor,
que cria projetos. Se a idéia dele
é aceita por alguma empresa,
ele ganha um percentual", diz o
diretor da Cenacope (Central
Nacional das Cooperativas dos
Profissionais da Educação)
Inácio Junqueira Moraes Jr.
O diretor-geral da Faculdade
Sumaré, João Paulo dos Santos
Netto, afirma que a escola usa
cooperativas desde sua criação,
há seis anos. "Pagamos R$ 63
por hora-aula, sendo que a média do mercado está em R$ 30."
"Com o modelo, atraímos docentes formados na USP, na
Unicamp, na FGV. Temos professores que estão aqui desde a
criação da escola."
Silva, da Fecesp, lembra que
há decisões judiciais favoráveis
às cooperativas. Uma delas, da
Justiça do Trabalho em Brasília, não viu problemas na contratação de cooperativa feita
pelo Colégio e Faculdade AD1,
do Distrito Federal. A sentença,
de setembro, diz que os cooperados "têm colhido os frutos da
atividade econômica em proveito comum".
(FÁBIO TAKAHASHI)
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