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Governo faz rodízio de chefes de facções em prisões federais
Criminosos do Rio são levados
para Catanduvas, que mandou presos para Porto Velho
Já são 19 bandidos ligados aos ataques deflagrados no Rio levados para o Paraná desde quarta-feira
JOSÉ MASCHIO
DE LONDRINA
O juiz corregedor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), Nivaldo Brunoni,
47, autorizou na tarde de ontem a transferência de mais
nove presos envolvidos nos
ataques no Rio de Janeiro,
para o presídio paranaense.
Outros dez presos já haviam chegado na quarta-feira do Rio à penitenciária de
Catanduvas (487 Km de Curitiba), de segurança máxima.
Brunoni disse ontem que a
autorização das transferências se deu em caráter de liminar. "Depois vamos analisar o perfil de cada preso para saber se devem permanecer em presídios federais."
Enquanto chefes do crime
organizado chegaram a Catanduvas, outros -como
Elias Pereira da Silva, o Elias
Maluco, Márcio dos Santos
Nepomuceno, o Marcinho
VP, e Marco Antônio Firmino
da Silva, o My Thor- foram
enviados anteontem para
Porto Velho (RO).
No total, houve uma troca
de 15 presos de Catanduvas
para Porto Velho. De Catanduvas saíram 12 presos do
Rio de Janeiro e três do Espírito Santo, ligados ao CV (Comando Vermelho) e ADA
(Amigos dos Amigos).
Segundo Brunoni, o rodízio de presos entre presídios
federais já estava sendo analisado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional), mas os episódios do Rio
anteciparam esse processo.
"Não é salutar um preso
cumprir mais do que um ano
no mesmo presídio, a ideia é
fazer um sistema de rodízio
entre as penitenciárias federais", disse. Há presídios federais também em Campo
Grande (MS) e Mossoró (RN).
De acordo com o Sistema
Penitenciário Federal, há no
total 832 celas nesses presídios -497 estão ocupadas.
ISOLAMENTO
Brunoni disse que Marcinho VP e My Thor estavam
em RDD (Regime Disciplinar
Diferenciado) desde 20 de
outubro, quando a mulher de
um detento foi presa com bilhete para os dois falando sobre atentados no Rio.
Segundo Brunoni, o regime é uma punição por ato infracional no presídio. O preso
fico isolado na penitenciária,
mas pode ter visita de familiares e advogados. "A lei determina essas visitas. Não há
como impedir", disse.
Colaborou LUIZ CARLOS DA CRUZ , de
Cascavel (PR)
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