São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2010

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Plano de combate às enchentes de SP só sai em dois anos

Contrato com fundação ligada à Escola Politécnica da USP, assinado ontem, custará R$ 4,1 milhões à prefeitura

Estudo poderá propor desde novas obras até medidas mais radicais, como a revitalização de algumas áreas da cidade

EVANDRO SPINELLI
EDUARDO GERAQUE

DE SÃO PAULO

Vai demorar dois anos para a Prefeitura de São Paulo ter o primeiro plano de combate às enchentes na cidade.
O estudo, que será feito até 2012, segundo o prefeito Gilberto Kassab (DEM), vai ajudar a cidade a "priorizar os investimentos" no setor. Obras como novas canalizações, por exemplo, serão definidas a partir do plano.
O projeto é investigar a situação das bacias dos rios Aricanduva (zona leste) e Cabuçu de Baixo (zona norte) e dos córregos Verde (zona oeste), do Cordeiro, Morro do S e do Ipiranga, todos na zona sul da capital.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, disse que essas seis áreas foram escolhidas por terem características diferentes umas das outras.
"Vamos estudar quais são as melhores práticas de recuperação da drenagem nas seis bacias prioritárias. Essas áreas serão os paradigmas para as outras bacias do município", disse Bucalem.
A assinatura do contrato para a elaboração do plano ocorreu ontem. A FCTH (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica), formada por professores da Escola Politécnica da USP, foi contratada por R$ 4,118 milhões para dar assessoria à prefeitura na elaboração dos projetos.
A Fundação poderá propor desde mudanças na legislação de uso e ocupação do solo até medidas mais radicais, que envolvam a revitalização de certas áreas.
"Dependendo do custo/ benefício, poderá ser viável, inclusive, desenterrar determinados córregos", diz o professor Mario Thadeu de Barros, da Poli, coordenador técnico do projeto da prefeitura.
O grupo de especialistas da FCTH presta serviços há décadas para o governo do Estado, principalmente para o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica).
O sistema de alerta de cheias, lançado este ano pelo Estado, é gerenciado pela fundação da USP.
O mesmo instituto monitora de forma instantânea os piscinões da região metropolitana de São Paulo.

PANTANAL
Na assinatura do contrato, ontem, o prefeito Gilberto Kassab diz que o dique do Jardim Pantanal, na zona leste da cidade, está praticamente pronto.
"E um capricho meu dizer que a obra não acabou", afirmou o prefeito. Segundo ele, a obra já mostrou resultado nas últimas chuvas que caíram na região.


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