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Plano de combate às enchentes de SP só sai em dois anos
Contrato com fundação ligada à Escola Politécnica da
USP, assinado ontem, custará R$ 4,1 milhões à prefeitura
Estudo poderá propor desde novas obras até medidas mais radicais, como a revitalização de algumas áreas da cidade
EVANDRO SPINELLI
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
Vai demorar dois anos para a Prefeitura de São Paulo
ter o primeiro plano de combate às enchentes na cidade.
O estudo, que será feito até
2012, segundo o prefeito Gilberto Kassab (DEM), vai ajudar a cidade a "priorizar os
investimentos" no setor.
Obras como novas canalizações, por exemplo, serão definidas a partir do plano.
O projeto é investigar a situação das bacias dos rios
Aricanduva (zona leste) e Cabuçu de Baixo (zona norte) e
dos córregos Verde (zona
oeste), do Cordeiro, Morro do
S e do Ipiranga, todos na zona sul da capital.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, disse que essas seis
áreas foram escolhidas por
terem características diferentes umas das outras.
"Vamos estudar quais são
as melhores práticas de recuperação da drenagem nas
seis bacias prioritárias. Essas
áreas serão os paradigmas
para as outras bacias do município", disse Bucalem.
A assinatura do contrato
para a elaboração do plano
ocorreu ontem. A FCTH (Fundação Centro Tecnológico de
Hidráulica), formada por
professores da Escola Politécnica da USP, foi contratada por R$ 4,118 milhões para
dar assessoria à prefeitura na
elaboração dos projetos.
A Fundação poderá propor desde mudanças na legislação de uso e ocupação
do solo até medidas mais radicais, que envolvam a revitalização de certas áreas.
"Dependendo do custo/
benefício, poderá ser viável,
inclusive, desenterrar determinados córregos", diz o professor Mario Thadeu de Barros, da Poli, coordenador técnico do projeto da prefeitura.
O grupo de especialistas
da FCTH presta serviços há
décadas para o governo do
Estado, principalmente para
o DAEE (Departamento de
Águas e Energia Elétrica).
O sistema de alerta de
cheias, lançado este ano pelo
Estado, é gerenciado pela
fundação da USP.
O mesmo instituto monitora de forma instantânea os
piscinões da região metropolitana de São Paulo.
PANTANAL
Na assinatura do contrato,
ontem, o prefeito Gilberto
Kassab diz que o dique do
Jardim Pantanal, na zona leste da cidade, está praticamente pronto.
"E um capricho meu dizer
que a obra não acabou", afirmou o prefeito. Segundo ele,
a obra já mostrou resultado
nas últimas chuvas que caíram na região.
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