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CÂMARA MUNICIPAL
Tripoli diz ter maioria na eleição para presidente da Casa
PMDB apoiará candidatura de tucano
GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O PMDB, partido de sustentação ao prefeito Celso Pitta (PTN),
fechou acordo com o PSDB em favor da candidatura do tucano Roberto Tripoli para a presidência
da Câmara de São Paulo.
O PSDB cederia a 1ª vice-presidência da Mesa Diretora ao
PMDB, segundo um vereador
peemedebista. O PMDB também
receberia a presidência de uma
das comissões técnicas: Justiça,
Finanças ou Política Urbana.
O acordo entre o PSDB e o
PMDB atraiu outros partidos que
dão apoio a Pitta. O PPB, o PFL, o
PTB e o PL também podem participar da Mesa Diretora, segundo
o vereador peemedebista.
"Tenho maioria hoje, mas não
posso confirmar o número de votos", disse Tripoli. Se garantir o
apoio de todos os vereadores do
PSDB, PMDB, PPB, PFL, PL e
PTB, o candidato tucano teria 27
votos -um a menos do que o necessário para se tornar presidente.
O próximo passo seria conquistar votos no chamado "grupo dos
dez", que estaria fechado com o
candidato petista José Eduardo
Cardozo. "Ele (Cardozo) diz que
tem todos os votos do grupo, mas
não é bem assim", disse Tripoli.
O PSDB conseguiu tirar proveito em cima de um erro do PT, segundo outro vereador peemedebista. O PMDB pediu à bancada
petista a 1ª vice-presidência e a 2ª
secretaria da Casa.
O acordo estaria se concretizando quando o PT ofereceu cargos
na Mesa Diretora ao PSDB para
que o partido desistisse da candidatura a presidente e apoiasse o
candidato petista.
Os tucanos rejeitaram a oferta
do PT. A tentativa de acordo teria
provocado protestos na bancada
peemedebista, que se aproximou
do PSDB.
O PMDB nega oficialmente o
acordo com os tucanos. "Há uma
grande aproximação, mas ainda
faltam alguns detalhes", disse o líder da bancada peemedebista,
Jooji Hato. Ele não quis falar sobre esses "detalhes".
O PT joga todas as cartas no
chamado "grupo dos dez", formado por integrantes do PSB,
PPS, PDT, PTB, Prona e PL. Os
petistas cederam ao grupo a 2ª vice-presidência, 1ª e 2ª secretarias e
as duas suplências.
Documento
Pelo menos nove integrantes do
grupo já teriam assinado um documento firmando o acordo para
a Mesa Diretora da Câmara. O 10º
vereador não teria assinado o documento ainda, mas estaria mantendo o compromisso com o PT.
Com os 16 votos do PT, 3 do PC
do B e os 10 do grupo, Cardozo seria eleito presidente com o apoio
de 29 vereadores. O principal desafio de Cardozo é manter unido
um grupo tão heterogêneo até 1º
de janeiro, data da eleição.
"Eu confio que todos que fizeram o acordo vão manter a sua
palavra", afirmou Cardozo, que
nega que integrantes do grupo estejam mudando de posição.
A vereadora eleita Havanir de
Almeida Nimtz (Prona) divulgou
uma nota ontem alegando que o
partido não faz parte do "grupo
dos dez" e que o Prona só vai se
definir no dia da eleição. Membros do grupo, no entanto, confirmam que o vereador eleito Antonio Paes da Cruz (Prona), o Baratão, participou das discussões da
nova Mesa Diretora.
Orçamento
A relatora do Orçamento da
Prefeitura de São Paulo em 2001,
Myryam Athie (PMDB), prometeu entregar hoje o seu relatório
para votação na Comissão de Finanças da Câmara.
A reunião está marcada para as
14h, mas Myryam disse que problemas burocráticos podem atrasar a apresentação de seu relatório
por pelo menos duas horas.
Myryam disse que deve incluir
no documento cerca de 40 novas
emendas dos vereadores, no valor
total de R$ 44 milhões. A maioria
das emendas garante dinheiro para pavimentação de ruas, construção de creches e escolas e iluminação pública em redutos eleitorais.
Todas as bancadas teriam feito
propostas, menos a do PT.
Mas, para garantir as emendas,
Myryam reduziu a verba do subsídio ao transporte coletivo. A primeira proposta, aprovada em primeira votação na Câmara, previa
R$ 96 milhões. A vereadora reduziu esse valor para R$ 30 milhões.
A Câmara aprovou, ontem, o
projeto do IPTU (Imposto Predial
e Territorial Urbano) para 2001. A
proposta mantém os mesmos
descontos oferecidos este ano: todos os imóveis com até 90 metros
quadrados e de valor venal menor
que R$ 21 mil não pagam o imposto. O imposto deverá sofrer
reajuste de cerca de 6%.
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