São Paulo, terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CONFLITO NO CÁRCERE Em RO, 2 corpos de presos foram exibidos; governo não confirma mortes Presos fazem 196 parentes reféns Rostand Agra/"Rondônia Agora" Presos rebelados em uma das torres do presídio Urso Branco, em Porto Velho, capital de Rondônia KÁTIA BRASIL DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS Presos da Casa de Detenção José Mário Alves da Silva, o Urso Branco, em Porto Velho (RO), mantinham ontem 196 de seus parentes reféns durante rebelião iniciada por volta das 17h de anteontem, no horário de visita. Os detentos chegaram a mostrar os corpos de dois presos, possivelmente mortos. A direção não confirmou os assassinatos. Segundo o diretor Bionor Miranda Maia, o motim é contra a transferência de Ednildo Paula Souza, o Birrinha, considerado líder do presídio. Condenado a 30 anos por roubo, ele fugiu há 15 dias e foi recapturado na quinta. No sábado, foi levado a uma casa de detenção em Vila Nova. Ontem à noite, o grupo de negociação acatou a reivindicação dos amotinados. Birrinha voltará ao Urso Branco, mas, segundo a PM, isso só ocorrerá hoje, de dia. Seguiam reféns até o fechamento desta edição os 196 parentes -nove homens e o restante mulheres, algumas grávidas. Em abril de 2004, 15 presos do Urso Branco foram mortos (cinco decapitados) em uma das rebeliões mais sangrentas do país. Com capacidade para 360 detentos, o local tem cerca de 1.050. Já em São Vicente, no litoral sul de São Paulo, rebelados mantiveram ontem, em um centro de detenção provisória, três agentes reféns por quase oito horas. Segundo o governo estadual, o motim começou por volta das 11h, com base em informações que circularam entre os presos de que haveria mudanças na população carcerária no local. Foram feitos disparos de advertência para conter uma fuga. Um preso foi atingido por uma bala de borracha no joelho. A unidade abriga 1.387 presos em um espaço para 768. Colaborou ADRIANA CHAVES, da Agência Folha Texto Anterior: Presídio para policiais está superlotado Próximo Texto: Rubem Alves: Um caminho científico de combate à corrupção Índice

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