DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito José Serra anunciou ontem a ampliação do programa de distribuição de leite em pó para os alunos da rede municipal.
Crianças atendidas nas creches, que recebiam o alimento durante dez meses no ano, e as do ensino fundamental, que o recebiam durante nove meses, poderão retirar o leite de janeiro a dezembro.
Segundo a prefeitura, a ampliação do programa, iniciado durante a administração do ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) e batizado de Leve Leite, foi possível por conta da redução dos preços dos contratos com os fornecedores, obtida com uma nova licitação.
O preço do quilo de leite em pó, que no contrato anterior era de R$ 9, passou para R$ 5,94. Os gastos anuais passarão de R$ 130 milhões, pagos em 2005, para R$ 90 milhões. Dos R$ 40 milhões economizados, R$ 22 milhões serão usados para ampliar o Leve Leite.
A empresa Tangará, que fornecia o leite em pó para toda a cidade, venceu a licitação em apenas um dos quatro lotes nos quais o município foi dividido. A Itambé ficou com os outros três.
O anúncio de ampliação do Leve Leite -o alimento já pode ser retirado a partir da segunda semana de janeiro, segundo Serra- foi feito durante a inauguração de três prédios que substituirão as chamadas escolas de lata.
Questionado se via o mesmo esforço para a diminuição de gastos em outras esferas de governo, Serra criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O prefeito é cotado para disputar a sucessão presidencial pelo PSDB.
"No governo do Estado [sob o comando do tucano e também presidenciável Geraldo Alckmin] já é feita [economia]. No governo federal não se dá muita bola para custos", disse. "Quando o governo é orientado por marketing e para a linha mole, e não para linha dura quando se refere às contas, dá nisso: sobrepreço e desperdício de dinheiro público."


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