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São Paulo, terça-feira, 28 de janeiro de 2003

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Litoral terá reforço na segurança

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A Polícia Rodoviária Estadual decidiu intensificar o patrulhamento nas estradas do litoral a fim de evitar crimes como os que vitimaram o procurador de Justiça Luís Felippe França Ramos e a representante de vendas Regina Maria de Carvalho Dias.
Ambos foram mortos a tiros por assaltantes após serem forçados a parar no acostamento da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Cubatão (SP). Eles tiveram os carros danificados ao passar sobre pedras colocadas na pista. Ramos foi assassinado na madrugada de sábado, e Dias, no dia 10.
O principal trunfo da Polícia Rodoviária para tentar inibir a ação dos assaltantes é o chamado TOR (Tático Ostensivo Rodoviário), unidade equivalente à Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) nas estradas. São veículos Blazer com quatro policiais armados com metralhadoras, pistolas e bombas de gás lacrimogêneo.
"Esses carros intensificarão o patrulhamento. Isso afugentará o restante da quadrilha, e esses fatos não deverão se repetir", afirmou o tenente Roberto Ojima Simião, comandante em exercício da 2ª Companhia da Polícia Rodoviária, responsável pelas estradas de acesso ao litoral sul e por parte da rodovia Rio-Santos.
Para o feriado do Carnaval (de 1º a 5 de março), estão suspensas folgas e férias, e policiais responsáveis por tarefas internas irão para a pista, segundo o tenente.
Além disso, de acordo com o oficial, o serviço de inteligência da Polícia Rodoviária fará incursões nas áreas críticas de assaltos, a fim de se antecipar a eventuais ações criminosas, providência cobrada pelo procurador-geral de Justiça do Estado, Luiz Antonio Guimarães Marrey.
Segundo o delegado seccional da região, João Jorge Guerra Cortez, as armadilhas em rodovias com fins de assalto são uma modalidade de crime específico de Cubatão e sem registro em outras cidades da região.
O delegado titular em exercício de Cubatão, Rui Augusto Silva, afirmou que 25 assaltantes de estradas foram presos nas últimas semanas. Segundo ele, desde o início do mês, as polícias Civil e Militar realizam pelo menos duas vezes por semana operações conjuntas com até 60 homens nas favelas do município.
Essas operações resultaram em apreensões de armamento pesado, como metralhadoras, e na prisão de dois dos sete integrantes da quadrilha que matou o procurador. Um deles -um adolescente de 17 anos- teria confessado ser o autor dos disparos contra Luís Ramos e Regina Dias.


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