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Litoral terá reforço na segurança
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A Polícia Rodoviária Estadual
decidiu intensificar o patrulhamento nas estradas do litoral a
fim de evitar crimes como os que
vitimaram o procurador de Justiça Luís Felippe França Ramos e a
representante de vendas Regina
Maria de Carvalho Dias.
Ambos foram mortos a tiros
por assaltantes após serem forçados a parar no acostamento da rodovia Padre Manoel da Nóbrega,
em Cubatão (SP). Eles tiveram os
carros danificados ao passar sobre pedras colocadas na pista. Ramos foi assassinado na madrugada de sábado, e Dias, no dia 10.
O principal trunfo da Polícia
Rodoviária para tentar inibir a
ação dos assaltantes é o chamado
TOR (Tático Ostensivo Rodoviário), unidade equivalente à Rota
(Rondas Ostensivas Tobias
Aguiar) nas estradas. São veículos
Blazer com quatro policiais armados com metralhadoras, pistolas e
bombas de gás lacrimogêneo.
"Esses carros intensificarão o
patrulhamento. Isso afugentará o
restante da quadrilha, e esses fatos
não deverão se repetir", afirmou o
tenente Roberto Ojima Simião,
comandante em exercício da 2ª
Companhia da Polícia Rodoviária, responsável pelas estradas de
acesso ao litoral sul e por parte da
rodovia Rio-Santos.
Para o feriado do Carnaval (de
1º a 5 de março), estão suspensas
folgas e férias, e policiais responsáveis por tarefas internas irão para a pista, segundo o tenente.
Além disso, de acordo com o
oficial, o serviço de inteligência da
Polícia Rodoviária fará incursões
nas áreas críticas de assaltos, a fim
de se antecipar a eventuais ações
criminosas, providência cobrada
pelo procurador-geral de Justiça
do Estado, Luiz Antonio Guimarães Marrey.
Segundo o delegado seccional
da região, João Jorge Guerra Cortez, as armadilhas em rodovias
com fins de assalto são uma modalidade de crime específico de
Cubatão e sem registro em outras
cidades da região.
O delegado titular em exercício
de Cubatão, Rui Augusto Silva,
afirmou que 25 assaltantes de estradas foram presos nas últimas
semanas. Segundo ele, desde o
início do mês, as polícias Civil e
Militar realizam pelo menos duas
vezes por semana operações conjuntas com até 60 homens nas favelas do município.
Essas operações resultaram em
apreensões de armamento pesado, como metralhadoras, e na prisão de dois dos sete integrantes da
quadrilha que matou o procurador. Um deles -um adolescente
de 17 anos- teria confessado ser
o autor dos disparos contra Luís
Ramos e Regina Dias.
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