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SP pode manter líderes do PCC em um só presídio
MARIA TERESA MORAES
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
O coordenador da Coespe (Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado), Sérgio Ricardo Salvador, disse que há interesse do Estado em
manter os líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em
apenas um dos presídios considerados de segurança máxima do
Estado de São Paulo.
"A concentração dos líderes do
PCC em um mesmo presídio facilita o trabalho da Secretaria da
Administração Penitenciária."
Na sexta-feira, a assessoria da
secretaria informou que o Estado
iria remover 30 líderes do comando dos presídios do complexo do
Carandiru para a Casa de Custódia de Taubaté (134 km de SP).
Salvador afirmou, no entanto,
que não existe nenhuma confirmação por parte do Estado em
realizar transferências em massa
nos próximos dias para o CRP
(Centro de Readaptação Penitenciária), o anexo da Custódia.
De acordo com o coordenador
da Coespe, 40 das 164 celas do
anexo, destruídas na rebelião de
dezembro passado, já estão prontas para receber novos detentos.
A ocupação das celas já concluídas não será feita, obrigatoriamente, segundo Salvador, por
presos do anexo que foram transferidos para outros presídios após
a rebelião de dezembro.
"As celas do CRP que já estão
prontas podem receber qualquer
preso que pratique atos de extrema violência", afirmou.
Um dos detentos que estavam
no anexo em dezembro e que foi
transferido após a destruição é o
assaltante Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos
líderes do PCC, que está em um
presídio do Rio Grande do Sul.
No início da semana passada, o
Estado começou a concentrar líderes do PCC em Taubaté. Já estão na unidade, entre outros, Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra
-principal líder-, Jonas Mateus, Edmir Volleti, Flávio Aparecido da Silva, o Moreno, Orlando
Mota Júnior, o Macarrão, e Pedro
Luiz da Silva, o Chacal.
Além deles, o anexo abriga Edemir Armando Alfenas, o Feirante,
e Marcos Massari, o Tau, considerados "secretários" da facção.
Salvador disse que, além da Casa de Custódia, as penitenciárias
de Avaré, Araraquara, Presidente
Venceslau e Iaras também apresentam segurança suficiente para
receber a liderança do PCC.
O presidente do Sindicato dos
Servidores Públicos do Complexo
Penitenciário do Vale do Paraíba
e Litoral Norte, Joselito de Oliveira Vaz, disse que as celas reformadas do anexo não têm a segurança
necessária para receber presos tão
perigosos.
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