PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O secretário de Coordenação e Políticas Sociais da Prefeitura de Belo Horizonte, Maurício Borges Lemos, 49, e sua família foram vítimas na madrugada de anteontem de um sequestro relâmpago. Eles ficaram cerca de três horas em poder de quatro assaltantes.
A mulher de Borges, Lázara Ribeiro Lemos, 49, foi a única ferida, ao receber coronhadas na cabeça.
O casal, o filho de 12 anos e um amigo deste, de 11, foram abordados quando entravam no carro de Borges, um Gol, após saírem do desfile na capital mineira.
Com oito pessoas no carro -seis no banco de trás-, os assaltantes pararam em um caixa eletrônico do bairro Alípio de Melo (zona oeste), onde o secretário sacou R$ 100 e entregou a eles.
Eles seguiram então para São Geraldo (zona leste), onde os assaltantes compraram drogas -Borges suspeita que tenha sido crack. Pouco depois, os quatro reféns foram libertados próximo a uma favela no bairro. O secretário ainda foi obrigado a preencher um cheque de R$ 40 para que os bandidos abastecessem o veículo.
Borges, a mulher e as crianças pegaram então um táxi. Ao se aproximar de um caixa eletrônico, onde o secretário iria retirar dinheiro para pagar a corrida, o carro foi abordado pela polícia, que pensava se tratar de assalto.
Para o secretário, foi "estranho" carros da polícia não terem abordado o Gol ao cruzarem com ele.
O cheque e o carro foram recuperados. A polícia ainda não tem pistas dos sequestradores. "Tenho mais convicção ainda de que é preciso investir em políticas sociais para reduzir esse problema da criminalidade", disse Borges.



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