DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas em segurança pública foram aplaudidos em diversos momentos ontem por uma platéia composta, na maior parte, por empresários, ao criticar a falta de medidas eficazes por parte do setor público para combater o aumento da criminalidade.
Além de membros da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, vários representantes de ONGs, sindicatos e de prefeituras de cidades do Estado participaram do "Fórum Violência e Sociedade - Em Defesa da Paz e da Vida", promovido pelo Instituto São Paulo Contra a Violência e pela Federação, em cuja sede foi realizado o encontro.
O presidente do Instituto São Paulo Contra a Violência, Eduardo Capobianco, abriu o fórum defendendo ações preventivas para combater a criminalidade e dizendo que, sem uma ação prolongada, novas ondas de sequestro vão ocorrer no futuro.

Falta de iniciativa
O coronel da reserva da Polícia Militar José Vicente da Silva, pesquisador do Instituto Fernand Braudel, criticou a falta de iniciativa das universidades brasileiras em estudar as questões sociais e urbanas e defendeu modernização e mudanças na gerência das polícias Militar e Civil.
Segundo um dos vice-presidentes da Federação e mediador do fórum, Márcio Fernandes da Costa, o objetivo é ajudar a suscitar a discussão do tema na sociedade.
"Todos os setores da sociedade devem contribuir e participar para resolver essa questão", afirmou. "De nada adianta o patrimônio se não podemos sair à rua", disse Costa.
Segundo ele, a Federação do Comércio não tem posição oficial a respeito do aumento da criminalidade. O presidente da entidade, Abram Szajman, encerrou o evento. (FÁBIO PORTO SILVA)


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