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Rio terá 3.000 soldados nas ruas no Carnaval
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Diante de sua primeira crise
de segurança pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
seguiu o modelo usado na gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para problemas
semelhantes: envio do Exército
para policiamento no Rio e
promessa de mais vagas em
presídios federais.
Ficou acertado que 3.000 soldados do Exército farão patrulhamento no Carnaval. ""As
medidas de apoio ao Rio já foram tomadas, e o governo continuará empenhado em cooperar com as autoridades estaduais", disse Lula em nota.
"Vou enfrentar o narcotráfico como nunca nenhum presidente enfrentou antes. Não vamos aceitar ser intimidados.
Vou tomar decisões difíceis e
duras, mas vou tomar", afirmou o presidente em uma reunião com deputados e senadores do Rio.
Os ministros Márcio Thomaz
Bastos (Justiça) e José Viegas
(Defesa) anunciaram, também
por notas, a construção imediata de um presídio federal
para 200 presos de alta periculosidade no Distrito Federal, a
um custo de R$ 10 milhões. Outros quatro serão construídos
depois, em locais e prazos ainda indefinidos. A verba sairá do
Fundo Penitenciário Nacional,
que tem R$ 217 milhões.
A terceira "medida" do pacote foi a menção ao novo Plano
Nacional de Segurança Pública
-criado em junho de 2000 e,
desde então, "reforçado" a cada crise. O plano já previa mais
presídios federais, mas só há
um que goza desse status, por
ser gerido pela PF no Acre.
""É firme minha convicção de
que a população do Rio de Janeiro, bem como de todo o
Brasil, não pode ficar refém do
crime organizado (...)", afirmou a nota de Lula. O presidente disse aos congressistas
que o uso do Exército é legítimo em casos "excepcionais".
Segundo Viegas, o emprego
de militares demonstra a "disposição de fazer prevalecer o
império da lei e da ordem".
Bastos ressaltou o "caráter
emergencial" da medida. Em
São Paulo, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz
Eduardo Soares, disse que o
crime no Rio é contra as instituições, o que justifica a intervenção militar.
O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, Josias
Quintal, disse que poderá pedir
ao governo federal que a ajuda
do Exército seja mantida após
o Carnaval.
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