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São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 2003

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Rio terá 3.000 soldados nas ruas no Carnaval

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Diante de sua primeira crise de segurança pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiu o modelo usado na gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para problemas semelhantes: envio do Exército para policiamento no Rio e promessa de mais vagas em presídios federais.
Ficou acertado que 3.000 soldados do Exército farão patrulhamento no Carnaval. ""As medidas de apoio ao Rio já foram tomadas, e o governo continuará empenhado em cooperar com as autoridades estaduais", disse Lula em nota.
"Vou enfrentar o narcotráfico como nunca nenhum presidente enfrentou antes. Não vamos aceitar ser intimidados. Vou tomar decisões difíceis e duras, mas vou tomar", afirmou o presidente em uma reunião com deputados e senadores do Rio.
Os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e José Viegas (Defesa) anunciaram, também por notas, a construção imediata de um presídio federal para 200 presos de alta periculosidade no Distrito Federal, a um custo de R$ 10 milhões. Outros quatro serão construídos depois, em locais e prazos ainda indefinidos. A verba sairá do Fundo Penitenciário Nacional, que tem R$ 217 milhões.
A terceira "medida" do pacote foi a menção ao novo Plano Nacional de Segurança Pública -criado em junho de 2000 e, desde então, "reforçado" a cada crise. O plano já previa mais presídios federais, mas só há um que goza desse status, por ser gerido pela PF no Acre.
""É firme minha convicção de que a população do Rio de Janeiro, bem como de todo o Brasil, não pode ficar refém do crime organizado (...)", afirmou a nota de Lula. O presidente disse aos congressistas que o uso do Exército é legítimo em casos "excepcionais".
Segundo Viegas, o emprego de militares demonstra a "disposição de fazer prevalecer o império da lei e da ordem". Bastos ressaltou o "caráter emergencial" da medida. Em São Paulo, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, disse que o crime no Rio é contra as instituições, o que justifica a intervenção militar.
O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, disse que poderá pedir ao governo federal que a ajuda do Exército seja mantida após o Carnaval.


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