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VIOLÊNCIA
Secretário suspeita que cena do crime foi alterada
Garotinho não irá demitir coronel que ordenou operação na Rocinha
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho,
disse ontem que, apesar de ter sido desobedecido, não vai punir o
coronel Carlos Guedes, chefe do
Estado Maior da Polícia Militar,
que ordenou a entrada do Bope
(Batalhão de Operações Especiais) na favela da Rocinha (zona
sul do Rio) na madrugada de domingo. Três adolescentes foram
mortos na operação.
O secretário havia proibido
qualquer tipo de incursão na favela durante o Carnaval, mas disse
que Guedes teria ordenado uma
"contenção na mata", ou seja,
uma ação para evitar uma guerra
entre quadrilhas de traficantes, e
não uma "incursão".
Ontem, um dia após se reunir
com as famílias dos garotos mortos e prometer uma investigação
isenta do caso, o secretário defendeu a polícia. Ele levantou a suspeita de que a cena do crime tenha
sido modificada para incriminar
os policiais do Bope. Os PMs sustentam que os adolescentes, de 16,
15 e 13 anos, eram traficantes e
morreram numa troca de tiros.
"Os corpos foram deixados depois na pista [por onde passaram
os PMs]. Se tivesse sido de fato
uma execução, o correto teria sido
deixar intacto o local do crime para ser feito um exame no local.
Por que desfazer o local do crime
e colocar os corpos na pista?"
Garotinho falou sobre o caso ao
anunciar, na Secretaria de Segurança, a prisão do traficante Saulo
de Oliveira, 34, suposto "atacadista" da quadrilha de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Oliveira foi preso na madrugada de ontem, em Maricá
(região dos Lagos). Ele estava sozinho e não resistiu à prisão.
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