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OAB defende rejeição de empréstimo
DA REPORTAGEM LOCAL
A OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo) enviou um ofício aos 81 senadores e
ao BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) defendendo a
rejeição do empréstimo de US$
100,4 milhões que o banco planeja
fazer à Prefeitura de São Paulo. O
pedido de autorização do empréstimo deve ser avaliado pelo
Senado na semana que vem.
A seção paulista da OAB argumenta que a prefeitura está atrasada há anos no pagamento de
precatórios alimentares (dívidas
judiciais cobradas por funcionários públicos, referentes a questões como salários e comissões).
A dívida soma R$ 1,5 bilhão.
Para a OAB-SP, a prefeitura não
deve tomar novos empréstimos
para outros fins enquanto não pagar as dívidas judiciais. "As pessoas estão morrendo sem receber
seus créditos", diz Flavio de Souza
Brando, presidente da Comissão
de Precatórios e autor do ofício.
O secretário dos Negócios Jurídicos, Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, afirma que essa iniciativa, se
tiver sucesso, poderá acabar com
o efeito oposto. Segundo seu raciocínio, sem os recursos do empréstimo, a prefeitura terá de retirar dinheiro do próprio Orçamento para colocar no projeto de
revitalização do centro.
Ferreira diz também que a prefeitura acabou "obrigada" a privilegiar o pagamento de precatórios
não-alimentares. Isso porque a
Constituição prevê a retenção de
verbas do município no caso de
não pagamento desses últimos,
mas não pune a inadimplência
dos precatórios alimentares.
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