São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 1998

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DESABAMENTO
Mudança de temperatura à noite pode causar abalos; 2/3 do preparo para a implosão tinham sido feitos
Topógrafos monitoram movimento do edifício de cinco em cinco minutos

da Sucursal do Rio

Desde o novo desabamento no Palace 2, na tarde de ontem, quando caiu uma coluna do edifício, duas equipes de topógrafos estão monitorando, de cinco em cinco minutos, possíveis variações na estrutura do prédio.
Entre as 16h30 e as 18h30, não tinham sido verificadas outras variações na inclinação do prédio.
Em função da variação térmica do dia para a noite, a estrutura do edifício pode mexer de novo.
O trabalho de colocação dos 50 kg de explosivos no prédio continuaria paralisado até que os técnicos tivessem alguma segurança para entrar no edifício. Antes das 20h30, ninguém seria autorizado a entrar no prédio.
O subprefeito da Barra e Jacarepaguá, Luiz Antônio Guaraná, disse, no começo da noite, que a prefeitura trabalhava com a hipótese de confirmar a implosão para o meio-dia de hoje.
De acordo com ele, 2/3 da preparação para a implosão já haviam sido feitos, mas era possível que o novo desmoronamento tivesse danificado o trabalho. A verificação de possíveis danos seria dificultada pela falta de iluminação natural, já que os técnicos só poderiam entrar no prédio à noite.
Segundo Maurício Tostes, da Secretaria Municipal de Obras, um grupo de seis a oito pessoas estava monitorando a oscilação do prédio para saber quando seria possível a continuidade dos trabalhos.
Tostes disse que o trabalho de colocação dos explosivos é fácil, "mas falta confiança de que as pessoas que entrariam para colocá-los estariam seguras".
Antes do desabamento de ontem, a implosão estava prevista para hoje ao meio-dia.
Os técnicos haviam começado a fazer 200 furos nos pilares, mas o trabalho teve que ser interrompido devido aos novos tremores e desabamentos registrados ontem.
De acordo com os planos de Manoel Dias, engenheiro da CDI, seriam utilizados 50 kg de dinamite em forma de gelatina explosiva. Há a possibilidade também de ser usada gelatina autocolante, mas o impacto de explosão desta é bem menor. Dias afirmou que a implosão não deverá provocar novos abalos na estrutura do bloco 1.



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