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DESABAMENTO
Mudança de temperatura à noite pode causar abalos; 2/3 do preparo para a implosão tinham sido feitos
Topógrafos monitoram movimento do
edifício de cinco em cinco minutos
da Sucursal do Rio
Desde o novo desabamento no
Palace 2, na tarde de ontem, quando caiu uma coluna do edifício,
duas equipes de topógrafos estão
monitorando, de cinco em cinco
minutos, possíveis variações na
estrutura do prédio.
Entre as 16h30 e as 18h30, não
tinham sido verificadas outras variações na inclinação do prédio.
Em função da variação térmica
do dia para a noite, a estrutura do
edifício pode mexer de novo.
O trabalho de colocação dos 50
kg de explosivos no prédio continuaria paralisado até que os técnicos tivessem alguma segurança
para entrar no edifício. Antes das
20h30, ninguém seria autorizado a
entrar no prédio.
O subprefeito da Barra e Jacarepaguá, Luiz Antônio Guaraná,
disse, no começo da noite, que a
prefeitura trabalhava com a hipótese de confirmar a implosão para
o meio-dia de hoje.
De acordo com ele, 2/3 da preparação para a implosão já haviam
sido feitos, mas era possível que o
novo desmoronamento tivesse danificado o trabalho. A verificação
de possíveis danos seria dificultada pela falta de iluminação natural, já que os técnicos só poderiam
entrar no prédio à noite.
Segundo Maurício Tostes, da Secretaria Municipal de Obras, um
grupo de seis a oito pessoas estava
monitorando a oscilação do prédio para saber quando seria possível a continuidade dos trabalhos.
Tostes disse que o trabalho de
colocação dos explosivos é fácil,
"mas falta confiança de que as pessoas que entrariam para colocá-los estariam seguras".
Antes do desabamento de ontem, a implosão estava prevista
para hoje ao meio-dia.
Os técnicos haviam começado a
fazer 200 furos nos pilares, mas o
trabalho teve que ser interrompido devido aos novos tremores e
desabamentos registrados ontem.
De acordo com os planos de Manoel Dias, engenheiro da CDI, seriam utilizados 50 kg de dinamite
em forma de gelatina explosiva.
Há a possibilidade também de ser
usada gelatina autocolante, mas o
impacto de explosão desta é bem
menor. Dias afirmou que a implosão não deverá provocar novos
abalos na estrutura do bloco 1.
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